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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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Michelle Obama vira celebridade à la Beyoncé em documentário da Netflix

Como uma entidade glamourosa da música, ex-primeira dama americana expõe pouco da vida, mas muito carisma em filme sobre turnê de seu livro ‘Minha História’

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2020, 10h56 - Publicado em 8 Maio 2020, 10h32

Homens, mulheres, jovens, idosos, negros e brancos ficam estupefatos, alguns vão às lágrimas, ao se deparar com a sorridente figura de Michelle Obama. Atrás de uma mesa, ela atende longas filas dos mais variados tipos de pessoas em livrarias para autografar seu livro de memórias, o best-seller Minha História. Quando não está segurando a mão de fãs (em uma época pré-coronavírus), a ex-primeira dama entretém ginásios apinhados de pessoas que a assistem enquanto é entrevistada por nomes escolhidos pela própria, como Oprah e Reese Witherspoon. A rotina agitada foi parte da turnê de divulgação da autobiografia de 2018 que, em menos de seis meses nas livrarias, vendeu 10 milhões de cópias. As cenas registradas pela cineasta Nadia Hallgren agora podem ser vistas no documentário que leva o nome do livro, recém-lançado pela Netflix.

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Anunciado quase de surpresa pela plataforma de streaming, a uma semana da estreia, o filme não remete a produções típicas de figuras políticas e de relevância social. Em vez disso, opta por beber de outro tipo de formato e de personagem: os documentários sobre celebridades da música.

Para cada pincelada sobre a vida pessoal de Michelle há outras dez em que ela poderia ser confundida com uma Beyoncé ou Taylor Swift. O fervor e a gritaria do público, somados à vida agitada da ex-primeira-dama americana, sempre elegante e acompanhada por fiéis seguranças do Serviço Secreto dos Estados Unidos, ganham mais realce que os bastidores da vida pessoal e familiar e os perrengues de um passado não muito distante.

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Em entrevista a VEJA, a diretora do filme explica porque preferiu este caminho. “Ao dirigir documentários por quinze anos, percebi que a melhor maneira de contar uma história é deixar que a história se conte sozinha. Cobrimos tudo como aconteceu durante a turnê, mas fizemos questão de trazer o passado dela para as cenas. Tem muito da infância dela lá, por exemplo”.

Mesmo que escasso, são fotos e detalhes da infância e adolescência de Michelle, aliás, que dão um sabor extra ao filme. Sua mãe e irmão, Marian Shields Robinson e Craig Robinson, são a presença familiar mais marcante – em um interessante momento, Michelle demonstra uma pontada de ciúme da relação entre os dois. Suas filhas e o maridão, porém, ficam de escanteio. Em uma breve participação, Obama entrega flores para a esposa no palco. Algumas cenas antes, ela revela que o casamento sobreviveu a uma crise com a ajuda da terapia para casais.

A espiada devidamente controlada dos bastidores, ofuscada pela glória da personagem improvável que “chegou lá”, é uma velha fórmula conhecida das celebridades que prometem documentários reveladores, mas, no fundo, descortinam apenas o suficiente para satisfazer os fãs. No resto do tempo, entretém com glamour e simpatia. Se Beyoncé e Taylor Swift usam a música para preencher as lacunas, Michelle se vale de conselhos e frases motivacionais. Fica, ao fim, a sensação de que faltou revelar um pouco mais sobre quem é essa admirada mulher que o livro da própria se esforça em humanizar.

(Com reportagem de Tamara Nassif)

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