Após o sucesso de Dahmer: Um Canibal Americano, sobre o serial killer Jeffrey Dahmer, a Netflix decidiu transformá-la na primeira história da série Monstros, que terá temporadas antológicas, com cada ano representando um crime famoso. Com isso, a plataforma lançará em 2024 Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais. Em 20 de agosto de 1989, o casal de milionários José e Maria “Kitty” Menendez foram mortos com vários tiros em sua mansão em Beverly Hills. O caso ganharia ampla cobertura midiática não só por ter ocorrido em uma região luxuosa e ter tido circunstâncias curiosas, como também pela descoberta dos autores do crime: os próprios filhos do casal, Erik e Lyle.
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Erik Menendez e Lyle Menendez, atualmente com 52 e 55 anos, respectivamente, cresceram em bairros de classe alta, mas começaram a roubar por diversão na adolescência. Quando tinham 18 e 21 anos, eles mataram o pai, um executivo de Hollywood, à queima-roupa com seis tiros da espingarda e a mãe, com dez. Os dois ligaram para a polícia dizendo que encontraram os pais mortos e deram como álibi uma ida ao cinema. Entretanto, a mansão não tinha sinais de arrombamento. Pouco tempo após o assassinato, Erik e Lyle começaram a gastar a herança com carros de luxo, roupas de grife e equipamentos de marcas caras. Em seis meses, tinham gasto mais de 1.000.000 de dólares, levantando suspeitas. A polícia decidiu investigar os irmãos e descobriu que Erik tinha comprado uma espingarda poucos dias antes do crime. Ele também foi enunciado pela namorada de seu psicólogo, após o terapeuta ter sido ameaçado pelos irmãos, e registros das consultas em que os assassinatos dos pais eram tratados foram aceitas como provas.
Em 1993, Erik e Lyle confessaram o crime. No julgamento, a promotoria que assumiu o caso alegou que o crime foi motivado por ganância, já que ambos queriam a herança a que tinham direito. Já a defesa argumentou que o motivo real era uma vingança por terem sido supostamente abusados sexualmente por José, com conivência de Kitty. Durante o julgamento, não foi possível provar qualquer abuso sexual, deixando o júri em um impasse. A dupla só foi condenada sete anos após o crime, em 1996, em um terceiro julgamento. Atualmente, eles cumprem a pena de prisão perpétua.