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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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Adriano Imperador em documentário: “Não era tratado como ser humano”

O ex-jogador lança série documental na Paramount+ dividida em três partes e com revelações sobre os motivos que o levaram a abandonar o esporte

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 jul 2022, 14h09 - Publicado em 21 jul 2022, 13h26

Um dos craques da Copa América de 2004 e ídolo do Flamengo, time com o qual conquistou o campeonato Brasileiro de 2009, Adriano Leite Ribeiro, o Adriano Imperador, dificilmente fala com a imprensa e nos últimos anos sempre se manteve recluso. Recentemente, porém, o ex-atleta assumiu sua própria narrativa e lança nesta quinta-feira, 21, na Paramount+ uma série documental dividida em três episódios falando sobre temas difíceis de sua trajetória, como saúde mental, a morte do pai e denúncias de envolvimento com traficantes da favela da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro.

Na última terça-feira, 19, em uma das poucas ocasiões em que o craque conversou com a imprensa, Adriano falou sobre a dificuldade que teve para se abrir para o documentário e destacou um ponto importante da sua trajetória ignorado há quase 20 anos: a saúde mental. Na época, o rendimento do atleta foi severamente prejudicado após a morte do pai e mentor, Almir Leite Ribeiro. Alvo de reportagens negativas e até de chacotas, o ídolo não soube lidar com as críticas e sucumbiu ao consumo de álcool e o abandono do esporte. Para o jogador, seu caso teria sido melhor retratado na imprensa nos dias de hoje devido à maior compreensão da importância da saúde mental. “Na minha época, era mais pesado o julgamento”, afirmou. “Não era tratado como ser humano”.

O jogador Adriano Imperador na favela da Vila Cruzeiro para gravar o documentário para a Paramount+
O jogador Adriano Imperador na favela da Vila Cruzeiro para gravar o documentário para a Paramount+ (//Divulgação)

Em um trecho da série-documental, Adriano relembra quando ele abandonou um treino no Inter de Milão e voltou para o Brasil sem falar com ninguém após a notícia da morte do pai para cuidar da saúde mental. “Eu não estava com a cabeça legal. Larguei mão de muito dinheiro. Foi a melhor decisão que pude tomar no momento. As pessoas não aceitavam e eu era mal compreendido. Isso não me importava. Importava o que eu estava sentido. Voltar para a favela me reconectou com tudo”, disse durante uma entrevista coletiva.

A série documental, embora chapa branca, tem o mérito de mostrar vídeos inéditos da infância do atleta, feitos por um tio que havia comprado uma câmera filmadora. Nas cenas é possível ver o ritmo dos treinos na favela e depois as dificuldades que ele enfrentava para sair da Penha para ir até a Gávea para treinar no Flamengo. Narrada pelo próprio jogador, a série mostra o período que Adriano morou na Itália e da ajuda que o jogador Ronaldo Fenômeno deu para ele no início da carreira. Além de Ronaldo, também foram entrevistados a mãe do atleta, Rosilda, amigos próximos da Vila Cruzeiro e jogadores como Aloísio Chulapa, Petkovic, Léo Moura e Javier Zanetti.

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Para o futuro, o ex-atleta descartou trabalhar como técnico ou como comentarista esportivo e disse preferir ficar afastado da rotina esportiva. Em breve, Adriano deverá lançar também uma autobiografia, escrita em parceria com o repórter esportivo brasileiro Ulisses Neto. O jornalista, que mora em Londres, escreveu, em maio do ano passado, um longo perfil do celebrado atleta, com passagens por times italianos, como Internazionale e Parma, para a revista The Player’s Tribune. O livro deverá sair pela editora espanhola Planeta, que distribuirá o livro nos mais de vinte países onde ela atua, além de licenciamentos para outras editoras ao redor do mundo. Otimista com o sucesso da obra, a casa publicadora prevê, apenas no Brasil, uma tiragem inicial de 50.000 exemplares.

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