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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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A cruel ironia da Netflix em nova série sobre a última locadora de filmes

Dos criadores de 'Brooklyn Nine-Nine', a comédia 'Blockbuster' satiriza a luta contra extinção das lojas físicas de aluguel de filmes

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 nov 2022, 13h02

Dono da última locadora de vídeos da Blockbuster do planeta, Timmy (Randall Park) luta contra a extinção do negócio em um mundo dominado pelos serviços de streaming. O que ele tem a oferecer vai na contramão da sociedade viciada nas redes sociais: interação humana dentro da loja, possibilidade de dicas de filmes que vão além das avaliações frias encontradas na internet e a sensação de alugar DVDs físicos. Apostando em nostalgia e ironia, a Netflix gigante do streaming e uma das responsáveis pela morte das videolocadoras lançou recentemente a série Blockbuster, escrita por Vanessa Ramos, roteirista que trabalhou em Brooklyn Nine-Nine e Superstore. Como elas, a trama foca nos funcionários de um departamento e a dinâmica entre eles. Blockbuster, no entanto, tem um roteiro fraco, com piadas cheias de referências cinéfilas superficiais. O resultado é uma série útil para passar o tempo, talvez para assistir durante o almoço ou durante uma faxina, mas, apesar do esforço dos atores, como Melissa Fumero (Brooklyn Nine-Nine), é completamente esquecível.

Em um mundo antes da era dos streamings, alugar filmes em locadoras de vídeo era não só uma das atividades mais legais do cotidiano, como era a oportunidade de interagir com desconhecidos, de fato. Voltar para casa com várias fitas cassete (depois DVDs ou Blu-Ray) era extremamente prazeroso. Com a chegada da Netflix, o acesso a produções audiovisuais se tornou mais prático e maratonável, mas custou a vida das videolocadoras. Como diversos setores, a dinâmica mudou, fazendo com que as pessoas passassem cada vez mais tempo em casa, isoladas do mundo. Essa é uma das críticas certeiras de Timmy à sociedade atual na série. “Nós perdemos a interação com um rosto familiar. As grandes corporações nos roubaram isso, e é por isso que as pessoas vivem tão irritadas o tempo todo”, diz o gerente no episódio piloto. Infelizmente, a série explora muito pouco esse argumento das vantagens das locadoras sobre o streaming.

Série feita para desopilar com dez episódios com menos de 30 minutos cada, Blockbuster tinha bastante potencial ao recriar a existência de videolocadoras, que têm apelo do público que sente saudade delas. Ao ignorar as piadas que poderia fazer com a própria Netflix e focar na história rasa dos funcionários, a série se torna mais um sitcom qualquer e sem o atrativo que poderia fazer dela um sucesso: a nostalgia. É divertida, mas não ao ponto de ser memorável.

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