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Política com Ciência Por Sérgio Praça A partir do que há de mais novo na Ciência Política, este blog do professor e pesquisador da FGV-RJ analisa as principais notícias da política brasileira. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Os 18 homens brancos de Michel Temer

O vice-presidente Michel Temer tem expectativa de até o fim de maio ser presidente da República. Para isso, basta que o Senado Federal aprove, por maioria simples (41 de 81 senadores), a admissão do processo de impeachment já perpetrado pelos deputados federais. É natural, portanto, que comece a montar sua equipe de governo. Não há […]

Por Sérgio Praça Atualizado em 30 jul 2020, 22h54 - Publicado em 25 abr 2016, 21h26
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  • O vice-presidente Michel Temer tem expectativa de até o fim de maio ser presidente da República. Para isso, basta que o Senado Federal aprove, por maioria simples (41 de 81 senadores), a admissão do processo de impeachment já perpetrado pelos deputados federais. É natural, portanto, que comece a montar sua equipe de governo. Não há nada de golpista nisso.

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    Algo no processo de seleção de Temer, até agora, espanta: o vice-presidente, até onde consegui apurar, só cogita homens brancos nascidos antes de 1962 – ou seja, acima de 53 anos. Não encontrei nenhuma notícia de que o talvez futuro presidente pense em uma mulher para sua equipe, ou mesmo um homem negro. É óbvio que o acesso à educação e a desigualdade socioeconômica no Brasil não serão resolvidos por um ministério. Mas é estranho que em 2016 alguém esteja prestes a assumir a presidência sem se preocupar com isso.

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    No Canadá, o ministério de Justin Trudeau tem 15 mulheres e 15 homens. O primeiro-ministro foi muito elogiado pela iniciativa, considerado um governante que preza a diversidade em postos de comando na política. Há também, de acordo com o estudo “Ethnic inclusion and economic growth”, de Jóhanna Birnir e David Waguespack publicado na revista Party Politics, um ganho importante na diversidade ministerial. De acordo com esses autores, quanto mais a população se vê representada no ministério, mais ela tende a apoiar, a longo prazo, as políticas públicas implementadas pelo governo – mesmo que o impacto econômico a curto prazo seja negativo.

    Até agora, Michel Temer teria convidado formalmente (ou sondado) os seguintes homens, em ordem decrescente de idade: Roberto Rodrigues (nascido em 1942), José Serra (1942), Paulo Rabello de Castro (1943), Antônio Claudio Mariz de Oliveira (1944), Wellington Moreira Franco (1944), Eliseu Padilha (1945), Henrique Meirelles (1945), Nelson Jobim (1946), Tasso Jereissati (1948), Murilo Portugal (1948), David Uip (1952), Ricardo Paes de Barros (1954), Paulo Skaf (1955), Paulinho da Força (1956), Armínio Fraga (1957), Paulo Hartung (1957), Marcos Lisboa (1959) e Alexandre de Moraes (1962).

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    Está na hora de atualizar essa lista dos anos trinta para o século vinte e um, vice-presidente.

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