Uma reviravolta nos estudos sobre a escravidão no Império Português. É como está sendo chamada a descoberta do historiador Leonardo Maroch. Segundo um artigo publicado recentemente, Maroch afirma que há documentos suficientes para comprovar que nenhum português pôs os pés na África do século XVI ao XIX.
A vinda de escravos para o Brasil se deu de forma voluntária, modelo que ficou conhecido como “escravidão por correspondência”. A coroa portuguesa emitia uma carta-convite aos países africanos. Esta era respondida majoritariamente por cidadãos de Angola, Moçambique e Cabo Verde que, por coincidência, também falam português.
Publicado em VEJA de 8 de agosto de 2018, edição nº 2594