Gerson da Silva chegou em casa depois de um dia de Carnaval de rua e sentiu que algo estava faltando. “Abri o Facebook e vi todo mundo reclamando de que o celular tinha sido roubado. Foi aí que voltei.”
Esse é apenas um dos itens que fazem parte da lista de ações obrigatórias na vida dos adeptos dos blocos de rua. Outro é tomar banho de glitter e ficar até as festas juninas achando o pó colorido em reentrâncias do corpo. Mais um é terminar o namoro antes do Carnaval e se arrepender ainda na sexta-feira de madrugada.
E, falando em regras, já existe um projeto de lei no Rio de Janeiro que multará em 500 reais quem chamar bloco de rua de “bloquinho”. “O reincidente poderá ser deportado para São Paulo”, disse o vereador Saulo Sargentelli.
Publicado em VEJA de 26 de fevereiro de 2020, edição nº 2675