Nomes pra lá, boatos pra cá, acabou o mistério sobre quem vai chefiar a Procuradoria-Geral da República (PGR) no lugar de Raquel Dodge. Trata-se de outra mulher, a organizadora pessoal japonesa Marie Kondo. A escolha inicialmente surpreendeu a todos, mas rapidamente foi compreendida. Ninguém engaveta melhor e mais decididamente que Kondo. Ela estaria disposta a aceitar o cargo porque, sendo mulher, não está dentro do universo de piadas toscas sobre japoneses feitas por Bolsonaro.
Apresentadora de um programa de sucesso mundial chamado Ordem na Casa, Kondo já soube que o presidente brasileiro tem despachado numa mesa que colocou dentro de seu closet no Palácio da Alvorada. Está naturalmente chocada e disposta a acabar com isso daí. Resta saber que saída ela encontrará, já que um de seus mandamentos é jogar fora tudo de inútil que está dentro do armário.
Publicado em VEJA de 28 de agosto de 2019, edição nº 2649