O pré-candidato a deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) anunciou na última terça-feira,19, a entrada da senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP-RS) no Movimento Brasil Livre (MBL), grupo liderado por ele. Porém, na manhã desta quinta-feira, 21, a senadora informou a VEJA que tem atuação “independente” e “não tem participação exclusiva” (leia nota completa abaixo).
“O MBL tem o orgulho de receber em seus quadros a gaúcha mais temida por Gleisi Hoffman, Lindbergh Farias e companhia. Seja bem-vinda, Ana Amélia!”, escreveu Kataguiri ao compartilhar uma fotografia acompanhado de Ana Amélia e do pré-candidato a deputado estadual Arthur Moledo do Val (DEM-SP) na sua página no Twitter.
A senadora visitou a sede do MBL a convite de Kataguiri. Na ocasião, Ana Amélia agradeceu ao movimento “pela edição de matérias com pronunciamentos meus, especialmente dos embates com a oposição no Senado, que sempre tem repercussão nas redes sociais, especialmente Youtube e Facebook”.
Mesmo ressaltando independência do movimento, ao contrário do informado por Kataguiri que celebrou o novo “quadro”, Ana Amélia elogiou os dois pré-candidatos. “São jovens que, assim como o vereador Fernando Holiday, de São Paulo, já demonstraram sua coragem e contribuem para a mobilização da sociedade em torno de causas relevantes, como a defesa da Lava Jato”, afirmou.
“Isso não quer dizer que terei participação exclusiva no movimento, mas, assim como faço no mandato, sempre atuando de forma colaborativa, seguirei recebendo demandas e sugestões do MBL e de outros movimentos”, acrescentou a senadora.
Ana Amélia Lemos tentará a reeleição para o cargo. O Rio Grande do Sul tem três cadeiras no Senado. Destas, duas vagas estarão abertas para disputa na eleição de outubro deste ano. Assim como Ana Amélia, o senador Paulo Paim (PT-RS) também tentará a reeleição. A terceira vaga é ocupada pelo senador Lasier Martins (PSD-RS). Tanto Lasier como Ana Amélia eram jornalistas e comentaristas de política do grupo de comunicação gaúcho RBS.
Posicionamento da senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS)
Em relação aos recentes questionamentos sobre o encontro que tive com lideranças do Movimento Brasil Livre (MBL) esclareço que, no Senado, tenho atuação independente, sempre me posicionando de acordo com o que considero ser melhor para a sociedade, para o Rio Grande do Sul e para o Brasil.
Por outro lado, tenho ótima relação com diversos movimentos, especialmente por defender bandeiras em comum, como combate à corrupção, defesa da Lava Jato, fim do foro privilegiado, prisão em segunda instância, redução de benefícios aos três poderes, entre outros. Considero que atuar nessas causas é a melhor forma de participar desses movimentos.
Assim como tenho ótima relação com os líderes do MBL, tenho também com representantes de movimentos como o Vem pra Rua, Renova BR, Ranking dos Políticos, Avança Brasil, República de Curitiba, entre outros. A criação desses grupos teve papel importante para inserir a sociedade de forma permanente na política, inspirando-a e estimulando-a a cobrar seus representantes e exigir um país mais justo e transparente.
A reunião que tive com os líderes do MBL, Kim Kataguiri e Arthur do Val, foi muito proveitosa. São jovens que, assim como o vereador Fernando Holiday, de São Paulo, já demonstraram sua coragem e contribuem para a mobilização da sociedade em torno de causas relevantes, como a defesa da Lava Jato.
Isso não quer dizer que terei participação exclusiva no movimento, mas, assim como faço no mandato, sempre atuando de forma colaborativa, seguirei recebendo demandas e sugestões do MBL e de outros movimentos.
A parceria com esses grupos rendeu importantes frutos, como a defesa da Lava Jato e o fim do foro privilegiado.
Esses apoios, sejam do MBL ou dos demais movimentos, deixam claro que minha coligação é com a sociedade, pois eles representam o pensamento de grande parte dos brasileiros. Assim que seguirei atuando, de forma independente, transparente e sempre atenta e disponível a ouvir as demandas da sociedade.