Se um usuário for difamado na internet e quer saber se dá para processar o autor das ofensas, pode postar sua dúvida em um aplicativo e aguardar o retorno de um advogado, disposto a defendê-lo ou apenas orientá-lo. Se um processo jurídico tramita em uma cidade, mas uma testemunha será ouvida a centenas de quilômetros de distância, o escritório de advocacia já tem como chamar um advogado de outra localização para acompanhamento da audiência com apenas um toque na tela do celular, assim como chamaria um carro por meio do aplicativo Uber.
Esses são exemplos de serviços jurídicos disponíveis através da intermediação gratuita do aplicativo AdvogaApp, desenvolvido por uma equipe de seis gaúchos, em Porto Alegre. Lançado em setembro, ele já tem mais de 4.000 usuários e pode ser baixado para Android ou acessado pelo desktop – a versão para Apple será lançada em breve. Há outras opções semelhantes no mercado, mas o principal diferencial do app gaúcho é a gratuidade. As partes podem combinar os honorários sem que precisem pagar uma comissão ao AdvogaApp.
“A ideia é justamente funcionar como um Uber para chamar advogados. Parece com Uber inclusive na parte de geolocalização e para ver quem está online”, explicou a VEJA Patrícia Bogno, de 31 anos, que é gerente de projeto da startup AdvogaApp.
Por meio de um chat do aplicativo, cliente e prestador de serviço podem combinar detalhes do trabalho, como o pagamento. São três perfis de usuários: aquele que precisa de um advogado, os próprios advogados e até estudantes de direito que podem executar funções que não exijam o registro da OAB, por exemplo. Escritórios de advocacia também podem se cadastrar, tanto para oferecer atendimento quanto para buscar prestadores de serviço, reduzindo seus custos.
Quando um advogado se cadastra, ele pode informar quais as áreas em que atua seja civil, penal, tributária ou trabalhista, para citar algumas. Os profissionais também podem especificar que serviços executa – assim, uma pessoa pode encontrar mais facilmente o advogado que necessita para uma função específica. “Somos uma rede colaborativa. Somos pontes para que as pessoas se encontrem e possam negociar fora dali”, definiu a gerente.
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