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Ricardo Rangel
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Mais um passo na avacalhação do país

O próprio ministro da Justiça quebrou a lei de maneira consciente e confessa

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 mar 2022, 19h56
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  • “Eu dirijo a nação para o lado que os senhores assim o desejarem” (sic), informou Jair Bolsonaro, na semana passada, entre lágrimas, a dezenas de líderes evangélicos.

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    Esta semana, seu assecla e dublê de ministro da Justiça, o delegado Anderson Torres, tuitou que, ao tomar conhecimento de “detalhes asquerosos” do filme ‘Como se tornar o pior aluno da escola’”, determinou que seu ministério tomasse “as providências cabíveis para o caso!!” (assim mesmo, com exclamações).

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    No dia seguinte, o Brasil descobriu quais eram as “providências cabíveis”: a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor determinou a proibição do filme. Ou seja, reeditou a censura. Bolsonaro, no discurso, defende o direito à liberdade de expressão inclusive para injúria, calúnia, difamação, fake news e crime de ódio. Na prática, faz o diabo para conseguir o voto dos que afirmam crer em Deus.

    O ministro-assecla sabe, claro, que sua determinação é inconstitucional, não vale nada, ninguém tem obrigação de acatá-la (com efeito, algumas das empresas que exibem o filme já avisaram que não vão obedecer ao ministro). Mas ela serve para indicar aos setores evangélicos mais obscurantistas que o presidente falava sério quando disse que levaria o país para onde eles quisessem.

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    E, mesmo inócua, não deixa de ser uma intimidação. O ministro da Justiça, de maneira deliberada e confessa, incorreu em ameaça e abuso de autoridade, crimes que dão cadeia. Se o Brasil não fosse a avacalhação em que se tornou, o assecla dublê de Procurador-Geral, Augusto Aras, denunciaria Anderson Torres.

    Mas, como o país está uma avacalhação, o assecla vai continuar no posto de ministro indefinidamente. E, em seu esforço insano para se reeleger, é certo que Bolsonaro vai continuar avacalhando o país a cada dia mais.

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