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Ricardo Rangel
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A vontade de interferir na PF do Rio vai aumentar

Vem aí mais um inquérito

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 Maio 2020, 15h33 - Publicado em 17 Maio 2020, 14h43
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  • O empresário Paulo Marinho contou à jornalista Monica Bergamo, da Folha de São Paulo, que, em outubro de 2018, um delegado da Polícia Federal do Rio de Janeiro alertou Flávio Bolsonaro de que seria deflagrada a Operação Furna da Onça, que averiguaria desvio de recursos públicos na Assembleia Legislativa, onde Flávio era então deputado.

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    E que a operação pegaria Fabrício Queiroz, funcionário do gabinete de Flávio, e a filha de Queiroz, Nathalia, funcionária do gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro. O delegado informou também que a operação seria retardada para depois do segundo turno, de modo a não atrapalhar a eleição de Jair Bolsonaro. Ainda segundo Marinho, Flávio teria alertado a seu pai, que teria decidido que tanto Queiroz como Nathalia deveriam ser demitidos.

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    A ser verdade o que diz Paulo Marinho, ao alertar Flávio, o delegado da PF cometeu crime de violação de sigilo funcional, e, ao retardar a operação para favorecer Jair Bolsonaro na eleição, cometeu crime de obstrução de justiça. Sendo funcionários públicos, Flávio e Jair Bolsonaro tinham obrigação de denunciar o crime do delegado: como não o fizeram, teriam cometido crime de prevaricação. E, ao demitir Queiroz e Nathalia, teriam cometido crime de obstrução de justiça. Sem falar na tentativa de influenciar o resultado da eleição, que é crime eleitoral.

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    Tudo indica que vem aí mais um inquérito na Polícia Federal para apurar os supostos crimes de Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e do delegado. E vai ser feito pela Polícia Federal do Rio de Janeiro. Se Bolsonaro já estava aflito para interferir na PF do Rio, agora é que vai à Lua.

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    Paulo Marinho contou ainda, assim como quem não quer nada, que o telefone celular de Gustavo Bebianno, contendo toda sua correspondência de WhasApp com Jair Bolsonaro, ainda existe. Marinho diz que o celular está nos EUA, mas não sabe com quem — que ninguém duvide, no entanto, que, uma hora dessas, Marinho consiga se lembrar de com quem está.

    (Mas… por que só agora, mais de um ano depois, Paulo Marinho veio a público contar essa história? Essa é fácil: porque só se chuta a cara dos poderosos quando eles estão no chão.)

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