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Ricardo Rangel
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Ir para a reserva não é punição

Se Pazuello não sofrer uma punição dura, estará dada a senha para a baderna militar

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 Maio 2021, 12h36 - Publicado em 24 Maio 2021, 15h36
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  • Jair Bolsonaro tem um gosto especial por desmoralizar o Exército Brasileiro.

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    Vive chamando a corporação de “meu exército”.

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    Fez com que três generais de quatro estrelas afirmassem em juízo que a “segurança” a que se referiu na reunião de 22/4/20, que todo mundo sabe que era a Polícia Federal, era sua segurança pessoal.

    Aterrorizou um general de quatro estrelas, o ministro Luiz Eduardo Ramos, a tal ponto que ele, como um menino medroso, se vacinou escondido (não foi o único: pelo menos mais um fez o mesmo).

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    Para comprar apoio no Congresso, Bolsonaro fez com que o mesmo general Ramos concedesse ao centrão um orçamento secreto de bilhões de reais.

    Levou um general de quatro estrelas, o ministro Augusto Heleno, que certa vez disse que “se gritar pega centrão, não fica um, meu irmão”, a dizer — agora, que o centrão apoia Bolsonaro — que o bloco fisiológico não existe.

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    Promoveu manifestação golpista em frente ao quartel general do Exército Brasileiro. Levou diversos oficiais generais a manifestações golpistas. Obrigou o ministro da Defesa, um general de quatro estrelas, a sobrevoar uma manifestação golpista.

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    Demitiu sumariamente o ministro do Exército e o comandante do Exército.

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    Para blindar-se na CPI da Covid, fez com que um general da ativa, Eduardo Pazuello, cometesse crime de falso testemunho, mentindo em juízo várias vezes.

    E, muito, muito mais.

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    A cada vez que Bolsonaro constrangeu e humilhou o Exército, notícias circularam de que os generais do Alto Comando teriam ficado amuados, incomodados, insatisfeitos, irritados.

    E o que os garbosos generais do glorioso Exército Brasileiro fizeram a respeito?

    Nada.

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    Agora o general Pazuello, rasgando o Estatuto e o Regulamento Disciplinar militares, quebrando a hierarquia e a disciplina, participou de ato político eleitoreiro em favor do presidente.

    Se Pazuello não for punido, estará dada a senha para a baderna militar.

    O Alto Comando precisa dar ao general delinquente o tratamento adequado. Mandá-lo para a reserva ou adverti-lo não serve: será um prêmio, e equivalerá a usar a farda do comandante Paulo Sérgio para lustrar os coturnos de Bolsonaro.

    Pazuello merece no mínimo cadeia.

    Mas, dada a recalcitrância e o cinismo do ex-ministro, deveria mesmo é ser expulso da corporação.

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