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Bolsonaro diz que a ômicron é ‘bem-vinda’: eis por que ele está errado

O fato de a ômicron matar menos não significa que ela não seja altamente nociva, nem que represente o fim da pandemia

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 jan 2022, 15h19

“Segundo algumas pessoas estudiosas e sérias, e não vinculadas à farmacêuticas, a ômicron é bem-vinda e pode, sim, sinalizar o fim da pandemia”, declarou Jair Bolsonaro, sem declinar que pessoas seriam essas. (A OMS imediatamente declarou que “nenhum vírus que mata pessoas é bem-vindo”.)

Bolsonaro sempre defendeu a tese de que a Covid seria uma “gripezinha”, uma espécie de “chuva”, que “molharia todo mundo”, “mas que mataria muito poucos”.

É verdade que a ômicron mata relativamente pouco e é explosivamente contagiosa, o que faz com que ela, de certa maneira, caiba na descrição do presidente.

Por outro lado, também é verdade que antes de se transformar na “gripezinha” que “mata pouco”, a Covid foi uma infecção grave que matou mais de 600 mil brasileiros.

Também é verdade que matar relativamente pouco não significa que não mate, nem que mate pouco em termos absolutos, nem que não deixe sequelas. Nem que não atrase a volta às aulas, nem que não cause o cancelamento de voos, nem que não tenha impacto econômico. Nem que não seja um tremendo transtorno para todo mundo.

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E também é verdade que o contágio explosivo pode levar o sistema de saúde ao colapso, aumentando a letalidade de doenças que, de outra forma, não matariam.

Por fim, também é verdade que a explosão da ômicron cria um universo gigantesco de partículas virais ativas, aumentando exponencialmente o número de mutações e elevando a chance de que surja alguma cepa capaz de escapar da vacina… e de matar muito.

Ou seja, nenhuma cepa da Covid, por mais benigna que seja, é bem-vinda. Nem muda o fato de que o que vai acabar com a pandemia é vacina para todos.

Exceto para Jair Bolsonaro, que, por algum motivo incompreensível, adora o vírus e detesta a vacina.

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