Arthur Lira fez seu pronunciamento.
Usou palavras fortes, com indiretas contra Bolsonaro, mas também acenou para os bolsonaristas, elogiando o comportamento pacífico durante as manifestações — não se incomodou com derrubada dos gradis no dia 6, as tentativas de invasão do Supremo no dia 7, a hostilização de jornalistas e a tentativa de invasão do Ministério da Saúde no dia 8 .
Também afirmou que caberá ao Congresso a pacificação entre o Executivo e o Judiciário, como se pacificação com um presidente golpista fosse possível, ou como se as posições de Bolsonaro e do Supremo fossem comparáveis ou respeitáveis.
Sobre os indiscutíveis atentados de Bolsonaro contra a democracia e o país, nem uma palavra. Nem muito menos aventou tomar as medidas constitucionais contra o inconstitucional presidente.
O lero-lero de Lira deixou claro que ele está onde sempre esteve: absolutamente parado.
Por enquanto, os 11 bilhões de orçamento secreto que ganhou de Bolsonaro para barrar o impeachment estão falando mais alto do que a Constituição e o Estado de Direito.