O governo montou uma força-tarefa para treinar o general Eduardo Pazuello e preparar a defesa contra a CPI da Covid.
Considerando-se o fenomenal track-record do governo em planejar e executar o que quer que seja, a insuperável qualidade dos integrantes da força-tarefa— general Luiz Eduardo Ramos, Onyx Lorenzoni, o ex-secretário executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco etc. —, e o espetacular desempenho de Pazuello no Senado em fevereiro passado, já se pode prever o quão retumbante será o sucesso da empreitada.
A força-tarefa começou preparando uma lista de 23 pontos que, acredita, serão levantados pela CPI. Em busca de argumentos para rebater tais pontos, a lista foi enviada a vários ministérios — dada a conhecida capacidade do governo de manter sigilo, já vazou.
É impossível rebater a maioria dos pontos constantes da lista, mas ela serve como excelente roteiro e ponto de partida para os senadores integrantes da CPI.
Depois da elaboração da lista, Bolsonaro vetou R$ 200 milhões que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação pretendia destinar ao desenvolvimento da vacina “100% brasileira” que Bolsonaro anunciou com fanfarras.
A força-tarefa precisa incluir o veto à verba da vacina na lista.
É certo que o senador Randolfe Rodrigues, provável vice-presidente da CPI, já incluiu.