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Ricardo Rangel
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A sinuca de bico em que Valdemar pôs Bolsonaro

Só o presidente deve acreditar no compromisso dos caciques do PL

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 nov 2021, 16h28 - Publicado em 18 nov 2021, 16h25
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  • Bolsonaro estava de casamento marcado com o PL, mas se desentendeu com o pai da noiva, o inefável Valdemar Costa Neto, sobre o valor do dote e largou o partido no altar.

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    Depois de um doce (mas “intenso”) colóquio em que o noivo se referiu a partes íntimas da anatomia do pai da noiva — e ouviu de volta referências a partes íntimas não somente de sua própria anatomia, mas também da de seus filhos —, Valdemar recuou.

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    O dono do PL obteve uma “carta branca” dos dirigentes estaduais de seu partido para negociar a filiação de Jair Bolsonaro. O presidente pode ficar tranquilo que os pelistas juram de pés juntos que não apoiarão nenhum adversário do capitão.

    É uma sinuca de bico para Bolsonaro.

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    O presidente não tem mais desculpa para fugir do casamento: se insistir na recusa — a nação bolsonarista não quer o Mito na cama com um notório corrupto como Valdemar —, a desfeita é imperdoável (como o Centrão é feito coração de mãe, perdoa tudo, a desfeita acabará por ser perdoada, mas o preço…).

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    Se, por outro lado, Bolsonaro voltar atrás e consumar o matrimônio com o PL, a noiva não perde nada. Afinal, se, daqui a uns meses, o PL trair o compromisso e apoiar adversários de Bolsonaro, acontece o quê? Alguém acredita que Valdemar vai expulsar os traidores? Bolsonaro vai sair do partido na véspera da campanha eleitoral? E, se cometer esse desvario, quantos deputados (que é o que interessa) o acompanharão?

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    O compromisso dos dirigentes estaduais com Valdemar é do tipo “a gente finge que vai ser fiel ao presidente e você finge que acredita”.

    Não seria a primeira vez que o PL trairia Bolsonaro, aliás. Na campanha de 2018, no último minuto, quando tudo já estava acertado, Valdemar trocou Bolsonaro por Geraldo Alckmin.

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    (Trair o próprio candidato a presidente não chega a ser novidade no Brasil, por sinal, tem até nome. Em homenagem a Cristiano Machado, abandonado pelo PSD em 1950, chama-se “cristianizar”.)

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