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Vale a pena ler de novo o que saiu nas páginas de VEJA em quase cinco décadas de história
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Em 2006, o recém-nascido e ‘limitado’ YouTube foi capa de VEJA

Doze anos atrás, plataforma de vídeos não aceitava gravações muito longas e tinha menos de 5% da audiência atual

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h34 - Publicado em 15 fev 2018, 20h42

VEJA acompanhou, na edição desta semana, três dias na vida de um dos mais influentes youtubers do país, Felipe Neto, ídolo do público infanto-juvenil com vídeos que ultrapassam 20 milhões de visualizações. “Menos de dois milhões de acessos, considero fracasso”, disse “a Xuxa dos novos tempos”, como o define o pai de um de seus fãs ouvidos pela reportagem.

Felipe Neto já esteve nas páginas de VEJA em outras ocasiões, em matérias nas quais a revista apresentou e foi a fundo na plataforma que ajudou a mudar a forma de comunicação no mundo, o YouTube. Em 13 de setembro de 2006, a edição 1973 estampou em sua capa o título “A revolução da TV pelo computador”. E descrevia assim o serviço:

“O YouTube, um dos mais populares sites da internet, recebeu quase 50 milhões de visitantes em julho passado. O site reúne clipes de no máximo doze minutos, que os próprios usuários acrescentam ao acervo, a respeito de quaisquer assuntos”. Hoje, as postagens não têm limite de tempo e, segundo números de 2017, mais de um bilhão de pessoas acessam mensalmente a plataforma para assistir a pelo menos um vídeo.

Capa de VEJA de 2006 mostrava que o YouTube estava revolucionando a forma de ver TV (Reprodução/VEJA)

“Lá estão filmagens históricas, trechos de seriados ou novelas, vídeos independentes, cenas caseiras de um bebê sorrindo ou de bichinhos de estimação. Qual a graça? A primeira é a de que 100 milhões desses clipes são baixados diariamente por usuários de todas as partes do mundo. A segunda é a de que o YouTube significa que embrionariamente o YouTube e seus concorrentes estão reinventado a maneira como as pessoas vêem televisão”, dizia a reportagem de 2006.

Mais à frente no texto, a revista explica algumas das motivações para essa revolução na forma de ver TV. “Ao lado dessa experiência coletiva e compartilhada, o público também deseja ter maior autonomia e possibilidade de escolha daquilo a que vai assistir. A popularização dos canais pagos, no início dos anos 80, foi um primeiro passo para satisfazer esse desejo. O processo continua se aprofundando, com a chegada de tecnologias que dão ao espectador a oportunidade de ver TV quando e onde ele quiser.”

O início

“A história de sucesso do YouTube soa como várias outras que se conhecem no mundo da internet: numa garagem no Vale do Silício, região que concentra a indústria de alta tecnologia nos Estados Unidos, dois engenheiros de 20 e poucos anos, Chad Hurley e Steve Chen, desenvolveram uma nova ferramenta com o intuito de facilitar a troca de vídeos de uma festa de sua turma sem entupir a caixa de e-mails ou travar o computador dos amigos. O boca-a-boca fez com que o número de usuários explodisse. Hoje, vêem-se mais de 100 milhões de vídeos por dia no site. E ele cresce como um organismo vivo: todos os dias, 35.000 novas “atrações” são acrescentadas a seu acervo pelos usuários.” Leia matéria na íntegra clicando aqui.

Os primeiros virais

Para explicar a capacidade de explodir a audiência de vídeos e programas de TV, VEJA citou alguns dos casos mais marcantes e de maior impacto até aquele ano. “Quando o apresentador esportivo Fernando Vanucci surgiu no vídeo meio grogue, durante a Copa do Mundo, o vexame foi visto na rede por mais de 1 milhão de pessoas, audiência seis vezes superior à de seu programa na Rede TV!. A gafe do cantor sertanejo Daniel, que elogiou por engano o Teleton, campanha beneficente do SBT, num show do Criança Esperança, da concorrente Globo, também passaria batida não fosse sua divulgação no YouTube – para azar de Daniel, as imagens entraram até no ranking semanal das mais vistas no mundo.”

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(…)

“Tome-se o caso de um dos maiores fenômenos brasileiros no YouTube, o curta-metragem Tapa na Pantera. O filme de pouco mais de três minutos, no qual a atriz Maria Alice Vergueiro interpreta uma patética velhinha viciada em maconha, foi uma produção feita de improviso e sem nenhuma pretensão por um trio de jovens cineastas paulistanos. Veiculado no site à revelia de seus criadores, o curta virou um hit com mais de 1 milhão de acessos. Nessa nova ordem do vídeo, ganharam expressão figuras como o publicitário carioca Antonio Tabet. À frente do blog Kibe Loco – visitado mais de 50 milhões de vezes desde que entrou no ar, há quatro anos –, ele é um dos grandes agitadores da internet brasileira e ajudou a produzir alguns dos principais fenômenos nacionais dos chamados “vídeos virais” – clipes que viram mania ao ser propagados por correntes de e-mail. A página de Tabet no YouTube já contabiliza mais de 6 milhões de acessos e chegou a ocupar o primeiro lugar no ranking mundial de canais do site na semana passada.”

Entre muitas curiosidades históricas (mesmo se tratando de apenas doze anos de distância, o que para a tecnologia parece muito mais tempo), a apresentação dos recordes de visibilidade do YouTube até 2006 mostra o quanto o serviço se expandiu. Até então, o maior viral mundial, com 32,3 milhões de views era o vídeo Evolution of Dance, no qual o americano Judson Laipply dança ao som de canções famosas. Recentemente, a música latina Despacito quebrou todas as marcas atingindo impressionantes 2.994.973.697 de visualizações (sim, quase três bilhões).

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Em outubro de 2010, a edição 2185 trouxe a história de produtores de vídeos caseiros que estavam ganhando dinheiro com a internet. Entre os quais, Felipe Neto, então “com 23 vídeos e 46 milhões de visualizações”.

“O ator carioca Felipe Neto, de 22 anos, foi um dos detectados pelos olheiros do YouTube. Com o bordão ‘não faz sentido’, Neto critica tudo o que envolve a cultura pop (na qual busca um lugarzinho). Já esculhambou as ‘bandas coloridas’ (à la Restart), o cantor Justin Bieber e ‘os políticos’ (assim, genericamente, sem dar nomes). Esse singular comentarista cultural recebe cerca de 5 000 dólares mensais do Google. E foi convidado pelo canal pago Multishow a estrelar um programa semanal, com estreia prevista para dezembro. ‘Buscamos na internet talentos que possam complementar seu trabalho na televisão’, diz Guilherme Zattar, diretor do Multishow.”

Em 13 de julho de 2016, o site voltou a ser destaque. Com o título “O YouTube que você não vê”, a revista explicava “como o maior publicador de vídeos do mundo está deixando de ser apenas uma plataforma de filmagens amadorísticas para se transformar num fenômeno da produção audiovisual profissional que pode vir a rivalizar com a TV”.

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Reportagem de 2016 falava da evolução do agora maduro (aos 11 anos de idade) YouTube (Reprodução/VEJA)

A reportagem de dois anos atrás já mostrava uma plataforma madura aos 11 anos de idade e que prometia avançar muito mais. Confira alguns trechos:

Avaliado em algo próximo de 100 bilhões de dólares, o YouTube agora tem uma pegada profissional. Expressões em inglês como views e AdSense (o serviço de propaganda do Google, proprietário do YouTube), tão presentes no vocabulário dos executivos da internet, já se tornaram corriqueiras no linguajar dos youtubers, como são chamados os membros de uma “nova profissão” forjada na era digital, que consiste em ganhar a vida exatamente postando vídeos na popularíssima plataforma criada nos Estados Unidos em 2005

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Nos últimos cinco anos, desde que se provou efetiva a aposta na divisão de lucros com seus fornecedores de conteúdo, o YouTube vem se distanciando da antiga imagem de central de gravações da rotina de gente anônima para se transformar em uma plataforma que pode vir a ocupar o lugar da TV convencional, segundo o entendimento de seu próprio público. Não por acaso, os youtubers de maior relevância têm alcançado o status de celebridade, com a audiência de seus vídeos batendo a marca dos milhões. Esse movimento de profissionalização do YouTube já chegou ao Brasil. E por aqui, como ocorre em outras partes do mundo, não dá sinal de recuo, graças, sobretudo, aos investimentos do próprio YouTube em seus protagonistas – os criadores de vídeos.”

Leia a matéria de 2016 na íntegra clicando aqui.

 

 

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