O advogado Roberto Teixeira é esperado hoje na Comissão de Infra-Estrutura (CIE) do Senado para falar sobre as denúncias de que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pressionou a Agência Nacional de Aviação (Anac) para facilitar a venda da VarigLog. Os sócios da empresa, Marco Antonio Audi, Marcos Haftel e Luiz Eduardo Gallo, cujos depoimentos estavam previstos também para hoje, informaram ontem ao presidente da CIE, senador Marconi Perillo (PSDB-GO), que não poderão comparecer porque estarão numa audiência sobre a “exclusão injusta” dos três da VarigLog, em julgamento na Justiça de São Paulo.
O comparecimento de Teixeira não é dado como certo por integrantes da base aliada. O compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia condicionado sua presença a duas exigências “imprescindíveis”: ser ouvido separadamente, sem se submeter a uma acareação com os sócios da VarigLog, e se manifestar por último. Ele alegou que o procedimento faria com que pudesse apresentar “todos os esclarecimentos necessários”. Na ausência dos empresários, essas condições perderam o sentido.
O cancelamento da ida de Audi, Haftel e Gallo à Comissão não surpreendeu. Na segunda-feira, o advogado dos três, Marcelo Panella, havia confirmado a presença do grupo, “salvo um imprevisto de última hora”. Eles serão convidados a depor em outra data, provavelmente na semana que vem.
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