Por Elder Ogliari, no Estadão. Comento:

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que o governo federal poderá mandar investigar a morte do presidente João Goulart se receber alguma informação concreta indicando que o Estado brasileiro tenha ordenado um atentado ou contribuído para que ele ocorresse. Goulart morreu de enfarte em sua fazenda, em Mercedes, Argentina, em 6 de dezembro de 1976.
As suspeitas sobre um atentado contra Goulart se fortaleceram há 14 meses, depois que João Vicente Goulart, filho do ex-presidente, gravou um depoimento do ex-agente uruguaio Antonio Neira Barreiro, preso no Rio Grande do Sul. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o ex-agente disse ter integrado o grupo Centauro, um comando militar uruguaio destacado para matar Goulart.
Em novembro, João Vicente pediu que a Procuradoria-Geral da República abrisse uma investigação. “Precisamos de um dado real, que até agora não existe, pelo menos sob controle do Ministério da Justiça”, disse Tarso. Ele não descartou a possibilidade de um atentado, mas exigiu informações concretas: “O que há é apenas um relato desse cidadão (Neira Barreiro), do qual não se tem nenhuma visão de confiabilidade.”

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Que tal os livros de espionagem que o bandido uruguaio deve andar lendo na cadeia?