Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo

Por Blog
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Rogério Rosso vai disputar a Presidência da Câmara e desponta como favorito

Depois de alguma hesitação, parlamentar do Distrito Federal decide entrar na disputa

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h18 - Publicado em 11 jul 2016, 17h33

E o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) desponta como o franco favorito à Presidência da Câmara. Depois de alguma hesitação — já que não poderá se candidatar no pleito seguinte —, acabou aceitando a tarefa. É um dos nomes do chamado Centrão. Há outros, mas ele é, sem dúvida, o mais forte. E tem condições de atrair também o apoio do PMDB seja no primeiro, seja num segundo turno, dado como certo.

O presidente Michel Temer se mantém longe da disputa, mas é evidente que o nome é do seu agrado. Rosso demonstrou ser um político hábil e com capacidade de liderança na condução da Comissão do Impeachment. Tem trânsito nas várias bancadas.

A eleição está marcada para esta quarta-feira. O PSDB e o PPS se inclinam, no momento, para o nome de Julio Delgado (PSB-MG). Que sentido faz? Não sei. Não há a menor chance de ele enfrentar alguém com o apoio do Centrão. É o tipo de marcação de posição que não me parece servir para muita coisa.

Rodrigo Maia (DEM-RJ) costura ainda os apoios do PT e do PCdoB, o que é um arranjo por demais heterodoxo. Alguma concessão haveria de ser feita a dois partidos que deixam claro que pretendem fazer oposição sistemática ao governo.

Não faz sentido.

Continua após a publicidade

Para ser franco, até agora não entendi — e duvido que eles próprios estejam entendendo — as escolhas feitas pelo PSDB e pelo DEM.

A mim soa um despropósito que Rodrigo Maia busque o suporte de petistas e de comunistas. Isso parece indicar que se trata, antes de mais nada, de uma empreitada individual. Ora, essas legendas romperam o padrão da oposição civilizada ao governo Temer. Colocam-se como sabotadoras da ordem constitucional, uma vez que dizem abertamente não reconhecer o governo, por ora interino, tachando-o de “golpista”.

Maia não é da base desse governo? Não pertence a um partido que apoiou ativamente o impeachment? A que vem essa união esdrúxula?

Os tucanos apoiaram o nome de Delgado quando da disputa com Eduardo Cunha. Embora estivesse claro que este era o favorito, a coisa se justificava: afinal, bem ou mal, o ora deputado afastado pertencia à base. E já havia, como é sabido, o peso da biografia. Marcar posição, naquele caso, fazia sentido. Agora, não faz.

Continua após a publicidade

Depois do PMDB, o PSDB é o maior partido da base. Parece que o mais sensato seria negociar o futuro. O presidente da Câmara que assumir agora ficará no cargo até 17 de fevereiro do ano que vem, quando, então, se realizam eleições para o novo biênio. Melhor seria buscar uma solução de compromisso.

O governo age com extrema cautela porque tem sempre em mente uma das sementes da crise política que aí está: o momento em que Dilma decidiu que poderia mobilizar a máquina federal para impedir a vitória de Cunha. Deu tudo errado, como é sabido.

A base está rachada, sim, mas não é um caso de vida ou morte. O melhor que os grandes partidos poderiam fazer é cerrar fileiras em torno do nome de Rosso, que reúne as condições para ser um candidato de quase consenso.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.