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“Querida, encolhi o PIB”

Escrevi nesta manhã um post sobre os dotes mediúnicos de Guido Mantega, aquele que sempre erra as previsões de crescimento. Agora ele desistiu de prever o PIB do ano corrente ou do ano seguinte. Dedica-se à futurologia decenal. E, como está virando hábito no petismo, também se dedica a reescrever índices do passado. Em breve, mandará […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h53 - Publicado em 3 dez 2013, 16h24
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  • Escrevi nesta manhã um post sobre os dotes mediúnicos de Guido Mantega, aquele que sempre erra as previsões de crescimento. Agora ele desistiu de prever o PIB do ano corrente ou do ano seguinte. Dedica-se à futurologia decenal. E, como está virando hábito no petismo, também se dedica a reescrever índices do passado. Em breve, mandará especialistas à Argentina para estudar o modelo de Cristina Kirchner. Pois é… O PIB do terceiro trimestre encolheu em vez de crescer: 0,5%; Mas fiquem tranquilos. Nos próximos 10 anos…

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    Leiam texto na VEJA.com:
    A economia brasileira registrou contração de 0,5% no terceiro trimestre deste ano na comparação aos três meses anteriores, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado ficou abaixo do previsto por analistas: expectativas de mais de quarenta economistas consultados pela Reuters e pela Agência Estado apontavam para uma contração média de 0,2%. Este foi o pior desempenho da economia desde o primeiro trimestre de 2009, quando houve retração de 1,6% do PIB brasileiro.

    Com o resultado, o crescimento acumulado no ano é de 2,4% em relação ao mesmo período de 2012. O governo e a maior parte dos analistas esperam que o Produto Interno Bruto brasileiro feche o ano em expansão de 2,5%. A soma de todas as riquezas produzidas pela economia do país entre abril e junho deste ano foi de 1,213 trilhão de reais. Desse total, o setor de serviços respondeu por 709,5 bilhões de reais, seguido por indústria (267,8 bilhões) e agropecuária (54,4 bilhões), segundo o IBGE.

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    Em relação ao mesmo período de 2012, o PIB teve expansão de 2,2% de julho a setembro. No acumulado dos últimos 12 meses até setembro, a expansão foi de 2,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

    O PIB é analisado pelos economistas sob duas óticas distintas: a da oferta, representada pelo setor produtivo (agropecuária, indústria e serviços) e a dos gastos, representada por investimentos, consumo das famílias, gastos do governo e balança comercial (exportações menos importações).

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    O impacto negativo no resultado do trimestre passado no que diz respeito à oferta foi o setor de agropecuária – justamente o herói do primeiro trimestre. A atividade do setor recuou 3,5% no terceiro trimestre em relação ao segundo e caiu 1% ante o mesmo período de 2012. Também surpreendentemente, a indústria, que vinha se recuperando em ritmo fraco, este ano, reverteu o papel de vilã do PIB e registrou crescimento de 0,1% na comparação trimestral e 1,9% na anual.

    Por fim, o setor de serviços, mesmo sob os efeitos negativos das manifestações (que se estenderam até o início de julho) e com o persistente endividamento das famílias, conseguiu crescer 0,1% de julho a setembro deste ano em relação ao segundo trimestre, e 2,2% quando comparado ao terceiro período do ano passado. Nem mesmo a inflação, que se mantém próxima do teto da meta de 6,5% ao ano e impacta a renda das famílias, prejudicou tanto o comércio.

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    Mesmo assim, vale destacar que a agropecuária ainda é o setor que mais cresceu neste ano. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o PIB agrícola avançou 8,1%. Em relação ao terceiro trimestre de 2012, o setor cresceu 5,1%. Enquanto isso, a indústria registrou aumento de apenas 1,2% no ano e 0,9% em 12 meses até setembro. Já o setor de serviços, subiu 2,1% de janeiro a setembro e 2,3% em 12 meses.

    Sob o outro ponto de vista, o dos gastos, o consumo das famílias surpreendeu ao representar 764,9 bilhões de reais em riquezas ao Brasil no trimestre. Foi registrado crescimento de 1% no terceiro trimestre em relação ao segundo e de 2,3% ante o intervalo de julho a setembro de 2012. No acumulado do ano e em 12 meses, o setor teve alta de 2,4% e 2,8%, respectivamente.

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    Os gastos do governo somaram 253,4 bilhões de reais ao PIB, uma alta de 1,2% na relação trimestral e de 2,3% na anual. De janeiro a setembro, esses dispêndios subiram 1,8% e, em 12 meses, 2,5%.

    Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa os investimentos, registrou contração de 2,2% no trimestre. Contudo, em relação ao mesmo trimestre do ano passado, houve expansão de 7,3%. No acumulado do ano, ela continua tendo o maior crescimento do PIB, de 6,5%. Em 12 meses, registra alta de 3,7%. Os investimentos somaram uma riqueza de 232 bilhões de reais.

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    Ainda segundo o IBGE, as exportações brasileiras diminuíram 1,4% no terceiro trimestre de 2013 em relação ao segundo trimestre, mas subiram 3,1% na comparação com o terceiro trimestre de 2012. No ano, as vendas ao exterior cresceram 1,4% sobre igual período do ano passado. Já as importações contabilizadas no PIB diminuíram 0,1% entre julho e setembro na comparação trimestral, mas subiram 13,7% na anual. Em 2013, as compras do exterior cresceram 9,6% em relação a igual período do ano passado.

    A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial. No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.

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