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Quem não é de esquerda é “reaça”?

No texto de Clovis Rossi, que comentei nesta manhã, há uma passagem curiosa, que acabou me escapando. Releiam: Faz pouco, o colunista do “New York Times” Nicholas D. Kristof produziu um belo texto mostrando que a esmagadora maioria dos blogs ou demais instrumentos em rede trava um diálogo de “nós com nós mesmos”, ou seja, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 17h26 - Publicado em 16 jun 2009, 17h03

No texto de Clovis Rossi, que comentei nesta manhã, há uma passagem curiosa, que acabou me escapando. Releiam:
Faz pouco, o colunista do “New York Times” Nicholas D. Kristof produziu um belo texto mostrando que a esmagadora maioria dos blogs ou demais instrumentos em rede trava um diálogo de “nós com nós mesmos”, ou seja, com quem pensa da mesma maneira (no caso dos Estados Unidos, democratas com democratas, neocons com neocons e por aí vai).

Não sei se a bobagem é de Rossi ou também está no texto de Nicholas D. Kristof, mas imagino… Quer dizer que quem não é democrata é neocon, é isso? Não existem conservadores, moderados etc. Pois é. Pena que os fatos estejam na contramão da opinião.

O Washington Times divulgou uma pesquisa do Instituto Gallup sobre o perfil ideológico dos americanos em plena era Obama. É este:
– 40% se dizem conservadores;
– 35% se dizem moderados;
– 21% se dizem liberais.

Entenderam? É coisa de cabeça oca essa história de que, nos EUA, quem não é liberal (leia-se, no caso, “democrata”) é, então, um “neocon” — e, vocês, sabem, “neocon”, para eles, é qualquer coisa que esteja ali de Bush para a direita, que considere Dick Cheney muito progressista…

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Essa é uma técnica de demonização da divergência muito em voga no Brasil, como sabem. Você não vai à passeata gay e acha aquilo uma chatice? Então é “demofóbico”. É contra a violência dos tontons-maCUTs que lideram a não-greve da USP? Então é contra a melhoria das condições de ensino. Bem, escolham aí… De volta aos EUA.

Os números demonstram, inclusive, que os conservadores e moderados, é claro, ajudaram a eleger Barack Obama. E, por isso mesmo, ele precisa se equilibrar entre aquela agenda que os liberais querem lhe impor e as expectativas daqueles 75% que ou são moderados (pendendo ora para republicanos, ora para democratas) ou são conservadores — e isso quer dizer, no que respeita à preferência partidária, “republicanos”.

“Neocon” é só um rótulo, cada vez mais empregado para desqualificar. Seria o “reaça” do Brasil, a forma econômica para a palavra “reacionário”. Seria como dizer que, por aqui, quem não é de esquerda é, então, “reaça”.

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