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PT ATACA SÉRGIO GUERRA COM NOTA QUE APELA AO PRECONCEITO ANTINORDESTINO

Ricardo Berzoniev, presidente do PT, e José Eduardo Dutra, presidente eleito do partido, divulgaram uma nota atacando o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o governador de São Paulo, José Serra. No trecho mais espantosamente significativo, afirmam: “O que mais salta aos olhos é a hipocrisia do candidato do PSDB, que ao mesmo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h03 - Publicado em 21 jan 2010, 17h45
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  • Ricardo Berzoniev, presidente do PT, e José Eduardo Dutra, presidente eleito do partido, divulgaram uma nota atacando o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o governador de São Paulo, José Serra. No trecho mais espantosamente significativo, afirmam:

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    “O que mais salta aos olhos é a hipocrisia do candidato do PSDB, que ao mesmo tempo em que afirma estar ‘concentrado no trabalho’ e que ‘não vai entrar em nenhum bate-boca eleitoral de baixaria’, usa o presidente do seu partido como um verdadeiro jagunço da política para divulgar uma nota daquele teor. O PT reafirma que pretende fazer um debate de propostas e projetos, em alto nível, que permita ao povo brasileiro escolher o caminho mais adequado ao nosso país.”

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    Nota-se o “alto nível” do petismo. E vejam o inconformismo desses dois democratas com o fato de Serra se recusar a entrar no bate-boca. Os que, até aqui, vinham criticando o governador por se negar a precipitar o debate eleitoral têm agora a chance de perceber o quão certo ele estava. Na nota, os petistas acusam o PSDB de desespero. Por alguma razão, os tucanos estariam desesperados por terem um candidato com quase o dobro dos votos da petista Dilma Rousseff e que, hoje, venceria todas as simulações de segundo turno. Pode mudar? Pode, claro. Mas esse é o quadro de agora. E é isso o que os petistas tentam reverter com seu “alto nível”, que não dispensa o terrorismo e a política do medo.

    Mas o mais formidável não é isso, não. O mais formidável é o preconceito antinordestino que a nota exala. Aí alguém indagará: “Mas Dutra não é do Sergipe?” Não! Ele fez carreira naquele estado, mas nasceu em Caratinga, em Minas e estudou no Rio. O estado nordestino lhe serviu para a militância político-sindical. Até aquele seu suposto sotaque nordestino é falso. Só a língua presa, que é bastante frouxa, como se nota, é verdadeira. Por que falo em preconceito?

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    Para os petistas, a pobreza do Nordeste é um celeiro de votos, que eles irrigam com o Bolsa Família, programa claramente usado por Dilma e Lula para levar adiante a político do medo, sustentando que “os tucanos querem acabar com o Bolsa Família”. Na região, com raras exceções, o partido cooptou os velhos coronéis da política. O exemplo mais escancarado, e até humilhante (para ambos), é o beijador de mãos José Sarney. O gesto sabujo do velho político custa caro… aos maranhenses!!! Os que não se deixaram seduzir pelo petismo são, então, classificados de “jagunços”.

    Entenderam? Para o partido, nordestino que não está no papo, comprado pelo Bolsa Família ou pelo Bolsa Coronel, é, então, “jagunço”. O PT descarta a possibilidade que possa haver naquela região, como há em toda parte, gente que se oponha ao partido.

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    Uma das armas vis a que os petistas recorrem é acusar adversários de “antinordestinos” — porque, assim, pretendem fazer da região um curral eleitoral. A nota deixa claríssimo quem, de fato, discrimina o Nordeste.

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