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PSOL – A mansidão de Randolfe Rodrigues só está na voz…

O PSOL é um partido nanico, sei disso, mas tem provocado alguns estragos e feito muito mal à cultura política brasileira com a sua intolerância, que não repudia — muito pelo contrário: admite — a violência. Nesta terça, o partido lançou em São Paulo a pré-candidatura do senador Randolfe Rodrigues (AP) à Presidência da República. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h22 - Publicado em 25 fev 2014, 22h38
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  • Randolfe Rodrigues ao lado de Luciana Genro no lançamento da pré-candidatura à Presidência

    Randolfe Rodrigues ao lado de Luciana Genro no lançamento da pré-candidatura à Presidência da República

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    O PSOL é um partido nanico, sei disso, mas tem provocado alguns estragos e feito muito mal à cultura política brasileira com a sua intolerância, que não repudia — muito pelo contrário: admite — a violência. Nesta terça, o partido lançou em São Paulo a pré-candidatura do senador Randolfe Rodrigues (AP) à Presidência da República. Ele tem aquela vozinha fina, feminil — não estou fazendo nenhuma sugestão velada sobre a sua sexualidade; ainda que fosse o caso, não o faria; até onde sei, não é; só aponto um dado objetivo, que o distingue —, mas as ideias que andam na sua cabeça não são nada boas, como nefasta, reitero, é a prática de seu partido.

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    Esteve presente ao ato a minicoleção de parlamentares midiáticos do PSOL: os deputados federais Chico Alencar e Jean Wyllys e o estadual Marcelo Freixo, todos do Rio. Freixo é aquele rapaz que tem o apoio entusiasmado de todos os extremistas de esquerda da Vieira Souto e que vai ganhar de Lobão a camiseta “Peidei, mas não fui eu”: gente do seu gabinete e de uma ONG umbilicalmente ligada a ele atua como babá de black bloc, mas ele não tem nada com isso; o homem apoia um candidato que participa de uma manifestação antissemita, mas ele não tem nada com isso; gente do PSOL do Rio, sob o seu comando, promove atos conjuntos com os mascarados, mas ele não tem nada com isso. Como o lançamento se deu em São Paulo, acredito que o deputado federal Ivan Valente também estivesse presente. É aquele senhor que considera um erro a criação do estado de Israel e que lamenta o fato de Oswaldo Aranha ter presidido a história sessão da ONU, em 1948.

    “Por que dar atenção a esses nanicos?” Porque eles respondem hoje, em larga medida, pela reabilitação da violência como instrumento de luta política. Aí os bocós dizem: “Ah, violência sempre houve; é do jogo”. É verdade! A questão é saber se ela pode e deve ser admitida como instrumento de reivindicação no regime democrático. Eu estou, obviamente, entre aqueles eu acham que não.

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    Hipocrisia
    No lançamento da candidatura, Randolfe afirmou que o partido não vai aceitar a doação de empresas e que vai marcar um encontro no Supremo para pedir ao tribunal que vete mesmo essa possibilidade. Ah…

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    E doação ilegal de sindicato, o que hoje já é proibido por lei, o PSOL aceita, a exemplo do que fez a ainda deputada estadual Janira Rocha, que admitiu ter desviado recursos do Sindsprevi/Rio para financiar candidaturas do partido? Numa fita que veio a público, ela aparece falando esta maravilha (em vermelho):
    “Nós sentamos lá nas finanças [do sindicato]. Pegamos o relatório do Conselho Fiscal e fomos atrás de todas as informações. O que foi e não foi. O que foi para a regional A, B C. Não tem nenhum companheiro de regional que tenha roubado nada, que tenha ficado com dinheiro. Tem companheiro que está levando pecha de coisas com o dinheiro. Mas ele nem ao menos chegou a ver o dinheiro. Ele assinou (que recebeu), mas o dinheiro foi usado para ações políticas que nós fizemos. Ou viajar de avião para o Acre é barato? Ou fazer eleição na Bahia é barato? Ou fundar o PSOL foi barato? Ou dar dinheiro para o movimento classista foi barato? Foi para ação política.”

    Esse tipo de moralismo de fachada pode enganar alguns deslumbrados do socialismo com vista pro mar. Não caio nessa, não.

    A truculência do PSOL não está só nas ruas, não! Essa gente recorre às piores práticas em sindicatos — como se viu na greve dos professores do Rio — e no movimento estudantil. Os psolistas da USP e congêneres de extrema esquerda invadiram a Reitoria e deixaram um rastro de destruição.

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    Minhas escusas aos deslumbrados do “outro mundo possível”, mas não conto com o PSOL e afins para oxigenar a política brasileira. Ao contrário: essa turma contribui para tornar o ambiente ainda menos respirável.

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