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Petrobrás perde R$ 28,4 bilhões com relatórios de bancos e boatos

No Estadão: Em dois dias marcados por intensa boataria entre operadores do mercado financeiro e pelos efeitos de relatórios bancários desfavoráveis para o comportamento de suas ações, a Petrobrás perdeu R$ 24,9 bilhões de valor em bolsa. Na comparação com o início da semana, a perda foi ainda maior: R$ 28,4 bilhões, o equivalente a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h00 - Publicado em 8 out 2010, 09h15
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  • No Estadão:
    Em dois dias marcados por intensa boataria entre operadores do mercado financeiro e pelos efeitos de relatórios bancários desfavoráveis para o comportamento de suas ações, a Petrobrás perdeu R$ 24,9 bilhões de valor em bolsa. Na comparação com o início da semana, a perda foi ainda maior: R$ 28,4 bilhões, o equivalente a uma empresa do porte da Vivo.

    A queda foi de 7,5% em relação ao que a empresa valia na segunda-feira. Naquela ocasião, contabilizados os ganhos do fechamento da oferta suplementar da capitalização, a empresa bateu R$ 380,82 bilhões em bolsa. Hoje, pelos cálculos da consultoria Economática, a empresa encerrou o pregão da Bovespa com valor de mercado de R$ 352,43 bilhões.

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    Desconsiderando as fortes oscilações dos papéis da empresa pós-capitalização, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou de forma ufanista sobre os rumos da empresa na solenidade que marcou a ampliação do Centro de Pesquisas (Cenpes) da estatal. E previu que a companhia ocupará a primeira colocação no ranking mundial, entre seus pares internacionais.

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    “Eu tive o orgulho – eu, um metalúrgico que virou presidente da República – de ter participado na semana passada da maior capitalização da Humanidade. A maior do capitalismo, e que elevou o patrimônio da Petrobrás para US$ 220 bilhões. Não é real não! É em dólares! Virou a segunda empresa no mundo, só perdendo para Exxon… por enquanto. Mas o Estrella (Guilherme Estrella, diretor de Exploração e Produção) promete mais pré-sal por aí…”, disse Lula, em discurso para uma plateia basicamente de técnicos.

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    As ações preferenciais registraram na quinta-feira a menor cotação em 18 meses, arrastadas por uma onda de rumores que os analistas não sabem de onde partiu e que envolveu desde expectativas de denúncias de irregularidades no comando da empresa a supostos ganhos ilegais no processo de capitalização. Nada ocorreu de concreto, mas a intensidade dos efeitos dos boatos surpreendeu analistas que acompanham a movimentação dos papéis da empresa.

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    “A movimentação com as ações da Petrobrás foi muito forte, principalmente pela manhã. Só nas primeiras duas horas de funcionamento do pregão foram movimentados R$ 800 milhões. Depois, a situação se acalmou um pouco e o ritmo de venda diminuiu”, comentou o chefe da área de análise da Modal Asset Management, Eduardo Roche.

    Bancos

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    Parte do “efeito manada” foi atribuído pelos próprios analistas aos relatórios recém-divulgados de seis bancos – cinco deles diretamente envolvidos no processo da oferta pública das ações – com avaliações menos otimistas sobre o comportamento esperado para os papéis. Dois rebaixaram suas recomendações de compra e outros quatro reduziram o preço-alvo.

    “O mercado acionário é movido por inúmeras variáveis que são difíceis de quantificar”, disse, por e-mail, o diretor financeiro da Petrobrás, Almir Barbassa, que preferiu abster-se de comentários sobre os rumores. Em entrevista à noite, no Cenpes, ele argumentou que os analistas financeiros “colocam a Petrobrás acima da média” e que o “preço-alvo das ações foi mantido”.

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    O presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, atribuiu a “ajustes de carteiras” a incomum movimentação dos papéis da empresa nos últimos dias. “Acredito que o mercado vai rapidamente se ajustar a isso e voltar a uma perspectiva de crescimento, não de curto prazo, porque somos uma empresa de longo prazo”, disse o executivo, em declarações pautadas pelo otimismo. Ele adiantou que a empresa, que acabou de concluir um aumento de capital de U$ 70 bilhões, pretende captar, no mercado, mais US$ 60 bilhões nos próximos cinco anos.

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