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Pela 1ª vez, Argentina elegerá presidente em 2º turno; eleição pode derrotar também Lula, Evo e Maduro

Cristina sofre duas derrotas: seu candidato obtém votação bem abaixo do que apontavam pesquisas, e província de Buenos Aires dá vitória à oposição

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 00h14 - Publicado em 26 out 2015, 04h51

 

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sofreu duas derrotas importantes nas eleições deste domingo — e também perderam as pesquisas de intenção de votos, que davam até 10 pontos de vantagem para o governista Daniel Scioli, da Frente para a Vitória. No dia 22 de novembro, pela primeira vez na história, os argentinos vão decidir em segundo turno quem vai presidir o país.

Com 90% dos votos apurados, enquanto escrevo, Scioli está com 36,1%, contra 34,9% do oposicionista Mauricio Macri, da frente “Mudemos”. Só para lembrar: na Argentina, vence no primeiro turno o candidato que obtiver mais de 45% dos votos ou mais de 40% desde que com uma distância de 10 pontos percentuais para o segundo lugar.

Em terceiro, está Sergio Massa, do Unidos por uma Nova Argentina. Trata-se de um ex-kirchnerista — chegou a ser ministro por um ano do primeiro governo de Cristina, mas rompeu com ela. Ele obteve expressivos quase 22% dos votos, que serão agora disputados pelos dois líderes. No discurso em que reconheceu a derrota, deu sinais de que vai trabalhar contra Scioli, candidato oficial.

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A presidente também amargou uma derrota para o governo de Buenos Aires: a candidata de oposição María Eugenia Vidal, do Mudemos, venceu o governista Aníbal Fernández. Nota: ela vai substituir justamente Scioli, o presidenciável.

Com 91% dos votos apurados, María Eugenia estava com 39,6%, contra 34,9% do governista. Nesse caso, não há segundo turno, e vence a eleição quem obtiver o maior número de votos. Embora Fernández não houvesse reconhecido a derrota até esta madrugada, não havia mais chance de virada.

A imprensa argentina acompanhava com enorme surpresa a apuração, com a realidade desmentindo de forma cabal as pesquisas. Até 1h da manhã, Macri, que era tido como derrotado no primeiro turno, liderava as apurações. Só depois Scioli passou à frente. Mas por pequena margem.

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O escrutínio deste domingo  vai renovar também metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado.

A realidade argentina tem peculiaridades que, de fato, nos são estranhas. Os três candidatos que chegam à frente são, a seu modo, de extração peronista. A tradicional União Cívica Radical, que conta com 335 prefeitos, sem um grande líder que unifique o partido, resolveu apoiar Macri, hoje prefeito de Buenos Aires.

Derrotar Cristina Kirchner é derrotar um misto de estatismo e populismo autoritário que, nos últimos anos, avançou contra a liberdade de imprensa, contra os direitos individuais e, sobretudo, contra a racionalidade da economia.

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Ah, sim, não custa lembrar: Luiz Inácio Apedeuta da Silva, Evo Morales e Nicolás Maduro fizeram campanha por Scioli. Isso, de algum modo, diz bem que luta se trava na Argentina.

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