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Paulo Souza, ex-diretor do Dersa, diz que não arrecadou para campanhas eleitorais e lembra ataque que sofreu da candidata Dilma

Por Gabriel Castro e Tai Nalon, na VEJA Online: Em depoimento à CPI do Cachoeira, o ex-diretor da estatal de transportes de São Paulo, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, se disse injustiçado e negou ter angariado recursos para eleições. “Nunca atuei na área financeira de qualquer campanha política”, disse ele. O ex-diretor da Dersa […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 08h01 - Publicado em 29 ago 2012, 15h41
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  • Por Gabriel Castro e Tai Nalon, na VEJA Online:

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    Em depoimento à CPI do Cachoeira, o ex-diretor da estatal de transportes de São Paulo, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, se disse injustiçado e negou ter angariado recursos para eleições. “Nunca atuei na área financeira de qualquer campanha política”, disse ele. O ex-diretor da Dersa reclamou de “calúnias” sobre acusações de ter, em 2010, desviado 4 milhões para campanha do PSDB à Presidência: “É muito difícil resistir a uma saraivada de denúncias e calúnias”. “Eu não saio desta casa antes de entregar todos os documentos comprobatórios do que eu falar. Eu pedi a Deus para ser convocado para esta CPI, porque acho que os incompetentes devem continuar com medo de mim”, completou.

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    Sem citar nomes, ele também mandou recados: “Os incompetentes devem continuar com medo de mim, porque aqui estou. Essa frase é para todos que foram ingratos”. Em seguida, demonstrou ressentimento com a forma como deixou o governo , em 2010 – perseguição atribuída a tucanos que, segundo ele, “não mostram a cara”. “Eu fui demitido oito dias após entregar as três maiores obras do país.”

    Durante dez minutos, o depoente descreveu seu currículo profissional, destacando sua atuação no governo federal, sobretudo na Casa Civil, durante o governo Fernando Henrique Cardoso. Enumerou suas obras na chefia da Dersa, no estado de São Paulo, e destacou sua atuação em intervenções durante as gestões dos governadores José Serra e Geraldo Alckmin. “Mesmo assim, creio ser um desconhecido da classe política”, disse. Ele também queixou-se do apelido Paulo Preto, classificado por ele como “pejorativo” e utilizado para, segundo ele, desqualificar sua competência profissional. 

    Dilma
    Questionado por parlamentares, chegou até a mencionar a presidente Dilma Rousseff, em referência a um debate eleitoral na campanha de 2010. Na ocasião, a então candidata reforçou acusações de que ele teria sumido com 4 milhões da campanha tucana. 
    Disse nesta quarta-feira se sentir “constrangido” por ter contra a presidente uma representação. “Espero imensamente que a presidente um dia reconsidere essa postura”, disse. “Tenho que a presidente fez essa acusação baseada em uma informação infundada.”

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    Delta
    Convocado oficialmente para esclarecer o elo da construtora Delta, suspeita de ligações com Cachoeira, com obras supostamente superfaturadas do governo de São Paulo, Paulo Souza se limitou a dizer que conheceu Fernando Cavendish, mas nunca participou de reuniões em que o ex-diretor da Delta solicitou contratos com a Dersa.  “Eu não conheço a Delta profundamente, nem nenhuma empreiteira”, disse.

    Ataque
    Depois de o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot, confirmar à CPI do Cachoeira que usou o cargo para arrecadar recursos para a campanha de Dilma Rousseff à Presidência, o PT se esforça para recolocar o PSDB como alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito. 
    O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), abriu a sessão desta quarta-feira afirmando que o PSDB “está sangrando” com as investigações sobre o esquema de Cachoeira, que estendeu seus tentáculos sobre o governo tucano em Goiás. 

    O deputado Mendes Thame (PSDB-SP), líder da minoria na Câmara, reagiu: “Nunca ouvi uma declaração política tão sórdida, tão deletéria quanto esta do líder do PT”. O também deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) ressaltou o caráter autoritário da perseguição petista à oposição: “Não somos nem oposição. Somos resistência, para que o Brasil ainda possa dizer: respiramos democracia”. Sávio lembrou ainda que o PT é quem está na mira da Justiça, com o julgamento no Supremo Tribunal Federal, do escândalo do mensalão.

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