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Papa vai reunir no Vaticano presidentes de Israel e da Autoridade Palestina. Ou: As pedras no meio do caminho

No próximo dia 6, os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, se encontram no Vaticano, sob a mediação do papa Francisco, para debater a paz. O convite foi feito pessoalmente pelo Sumo Pontífice, que está em visita à região. O papa fez diversas declarações de cunho político. Ao chegar a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h47 - Publicado em 26 Maio 2014, 06h12
Papa desce do veículo, encosta a cabeça e reza no muro que separa Belém (Cisjordânia) de Jerusalém, construído pelos israelenses para conter - e conteve! -  o terror

Papa desce do veículo, encosta a cabeça e reza no muro que separa Belém (Cisjordânia) de Jerusalém,  construído pelos israelenses para conter – e conteve! – o terror

No próximo dia 6, os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, se encontram no Vaticano, sob a mediação do papa Francisco, para debater a paz. O convite foi feito pessoalmente pelo Sumo Pontífice, que está em visita à região. O papa fez diversas declarações de cunho político. Ao chegar a Israel, condenou o ataque antissemita ocorrido no sábado, na Bélgica. Um atirador matou três pessoas e deixou diversos feridos num museu judaico, em Bruxelas. O papa chegou a Tel Aviv depois de passar por Belém, na Cisjordânia, onde está a Igreja da Natividade. Ali, defendeu direito dos palestinos de viver em paz e em segurança.

Disse o papa: “Neste, o local de nascimento do Príncipe da Paz, eu gostaria de convidá-los, presidente Mohamed Abbas, juntamente com o presidente Shimon Peres, para se juntarem a mim em oração sincera a Deus pelo dom da paz. Eu ofereço a minha casa no Vaticano como um lugar para este encontro de oração”.

Israel é governado por um primeiro-ministro. O presidente é um chefe simbólico de Estado e não exerce papel executivo. Mas é evidente que o encontro tem um peso político importante. E ele se dá num péssimo momento das relações entre palestinos e israelenses.

Há um mês, o Fatah, o movimento comandado por Abbas e que governa a Cisjordânia, e o Hamas, a corrente extremista que comanda a Faixa de Gaza, anunciaram um acordo de reconciliação. O objetivo é formar um governo de unidade e marcar eleições nos próximos seis meses. Segundo o entendimento, Abbas, que preside a Autoridade Palestina, formaria um novo governo, que poderia ter como adjuntos Ismail Haniyeh, o líder do Hamas e do governo em Gaza, e Rami Hamdallah, que é primeiro-ministro da Cisjordânia.

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É claro que o acordo foi muito mal recebido em Israel. E nem poderia ser diferente. Se é verdade que não haverá paz na região enquanto Fatah e Hamas não estiverem unidos no mesmo propósito, não é menos certo que a união dos dois grupos, sem que o Hamas abdique das ações terroristas, impede justamente o processo de paz.

Ora, um dos pontos de honra do Hamas e item até agora inegociável dos seus estatutos é justamente a… destruição de Israel, país cuja existência legal o movimento não reconhece. Expulsar os judeus do solo palestino — que, para o grupo, abrange todo o território israelense — é considerado uma missão divina.

Viva a iniciativa do papa Francisco! Tomara que seja o começo de uma negociação virtuosa. A questão é saber que poder tem Abbas sobre o Hamas para conversar com Shimon Peres, sob a mediação do papa. Uma coisa é certa: ele não tem como garantir que o Hamas abrirá mão dos seus princípios e de sua “luta”. Até porque o grupo continua a usar a Faixa de Gaza como base de lançamento de mísseis contra Israel.

De todo modo, é preciso começar por um algum lugar. Que seja, então, com a mediação de Francisco.

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