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Os petralhas de Honduras tentam resistir ao resultado das urnas. Inútil! A esquerda do país não deve chegar a 30% dos votos

É… Parafraseando o barbudo furunculoso, a classe petralha é mesmo internacional! Quando dispuserem de alguns minutos, vale a pena ler alguns textos da imprensa hondurenha (aqui, links dos jornais El Heraldo.hn e La Tribuna. Com 58% dos votos apurados, o conservador Juan Orlando Hernández, do Partido Nacional, virtual presidente eleito, está com 34,19%. Xiomara Castro (Libre), […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h55 - Publicado em 25 nov 2013, 21h16

É… Parafraseando o barbudo furunculoso, a classe petralha é mesmo internacional! Quando dispuserem de alguns minutos, vale a pena ler alguns textos da imprensa hondurenha (aqui, links dos jornais El Heraldo.hn e La Tribuna. Com 58% dos votos apurados, o conservador Juan Orlando Hernández, do Partido Nacional, virtual presidente eleito, está com 34,19%. Xiomara Castro (Libre), mulher do maluco bolivariano Manuel Zelaya, vem em segundo, com 28,33%. O terceiro e o quarto lugares também são de candidatos à direita do espectro ideológico: Maurício Villeda Bermudez, do Partido Liberal (20,76%), e Salvador Nasralla Salum, do Partido Anticorrupção (15,59%). Há ainda quatro outros postulantes, mas não atingiram nem 1% dos votos.

O Libre, partido criado por Zelaya, juntou todas as tendências de esquerda de Honduras, mais sindicatos, movimentos sociais, ONGs, a esquerda católica etc. Xiomara contou ainda com o apoio ostensivo de Lula, o Apedeuta; de Daniel Ortega, o orelhudo, e de Nicolás Maduro, aquele que enxerga a figura de Chávez até num lenço usado — para ser delicado. Embora mais discreto, o presidente de El Salvador, Mauricio Funes, casado com uma petista, Vanda Pignato, também expressou simpatia pela mulher de Zelaya. O povo, no entanto, quis outra coisa.

Por que afirmo que a “classe petralha é internacional”? Assim como, no Brasil, os petralhas não reconhecem a autoridade de tribunal que condena os companheiros, seus congêneres, em Honduras, se negam a reconhecer eleições em que são derrotados. Até agora, o tal Libre não admitiu a vitória de Hernández, e Xiomara, neste domingo, declarou-se a presidente eleita do país. Só faltou combinar com os hondurenhos…

Zelaya (de microfone na mão) durante entrevista coletiva: a "laranja" sumiu

Zelaya (de microfone na mão) durante entrevista coletiva: a “laranja” sumiu

O Libre convocou uma coletiva de imprensa. Adivinhem quem apareceu para falar: Manuel Zelaya — sim, o golpista que foi deposto em 2009. Como sabiam praticamente todos os hondurenhos, Xiomara nunca teve existência autônoma. Era só uma laranja do bolivariano doidivanas. A mulher deu chá de sumiço, desapareceu. Em seu lugar, falou o marido, que ameaçou convocar o povo para sair às ruas, mas desistiu.

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Na coletiva,  jornalistas estrangeiros foram hostilizados pelos bate-paus de Zelaya, que põe o resultado das urnas sob suspeição e pede recontagem “voto a voto” — isso quer dizer o seguinte: ele não aceita perder. A esquerda do país lança a suspeita de que uma conspiração internacional estaria em curso para impedir a eleição de Xiomara. As evidências, na verdade, são outras: esquerdistas da Venezuela, do Brasil, da Nicarágua e de El Salvador, estes, sim, se juntaram em apoio à candidata do Libre. Tudo em vão. A ação foi contraproducente. Em vez de o apoio fortalecê-la, deu-se o contrário. Houve uma reação contra a interferência estrangeira nos assuntos do país.

Eu sei que Honduras é um pequeno país e que a resistência aos bolivarianos não pode ser tomada como uma reação do continente aos aloprados. Faço esse registro, repito, porque haverá o dia em que o Brasil, formalmente, terá de se desculpar com os hondurenhos pelos absurdos de 2009, quando deu abrigo a um golpista e incentivou uma guerra civil no país.

Lula tentou se meter no país de novo e quebrou a cara outra vez. Ah, sim: Funes e Ortega já reconheceram a vitória de Hernández.

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