A sede para politizar a falta d’água em São Paulo é de tal sorte que o terrorismo começou a comer solto. Em depoimento a uma CPI da Câmara que investiga um contrato da Sabesp com a Prefeitura, Dilma Pena, presidente da Sabesp, afirmou que, se não chover até novembro, acaba a água da primeira reserva estratégica — estupidamente chamada de volume morto. Não! Dilma Pena não disse que, se não chover, vai acabar a água em São Paulo.
Aliás, essa é a razão por que a empresa já se preparou para usar a segunda reserva do volume estratégico, o que os Ministérios Públicos Estadual e Federal querem impedir. Ok. Caso consigam, que seus respectivos representantes arquem, então, com o peso do racionamento.
Há problemas de abastecimento? Há. Nunca choveu tão pouco. É claro que é chato. A culpa pode ser de Deus, do aquecimento global, da humanidade, sei lá. A nascente primeira do Rio São Francisco secou. Não tem chovido lá também. Infelizmente, esses problemas costumam ser suprapartidários.