O Brasil real – Corte no Orçamento deveria ser de R$ 60 bi para cumprir meta, diz economista
Por Lu Aiko Otta, no Estadão Online. Comento em seguida: O governo teria de contingenciar pelo menos R$ 60 bilhões em despesas previstas no Orçamento de 2011 para garantir o cumprimento da meta de resultado primário de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) sem recorrer a manobras contábeis. O cálculo é do economista-chefe da corretora […]
Por Lu Aiko Otta, no Estadão Online. Comento em seguida:
O governo teria de contingenciar pelo menos R$ 60 bilhões em despesas previstas no Orçamento de 2011 para garantir o cumprimento da meta de resultado primário de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) sem recorrer a manobras contábeis. O cálculo é do economista-chefe da corretora Convenção, Fernando Montero. “Esse contingenciamento não é factível”, afirmou. “A conclusão é que a meta de primário de 3,1% do PIB não é factível”.
Ele chegou esse valor somando os investimentos que não poderão ser abatidos do cálculo do primário (R$ 32 bilhões), as receitas acrescentadas ao Orçamento pelo Congresso (R$ 20 bilhões), o corte que o Executivo pediu ao Congresso e não foi atendido (R$ 8 bilhões) e R$ 4 bilhões para completar um primário de 3,1% do PIB, pois o valor incluído no Orçamento corresponde a 3% do PIB (R$ 117,9 bilhões em um PIB de R$ 3,927 trilhões).
“O esforço em 2011 é assim agigantado pelo paupérrimo desempenho de 2010″, escreveu, em boletim enviado a clientes. Internamente no governo, fala-se num contingenciamento da ordem de R$ 35 bilhões, valor que é visto como suficiente pela maior parte dos analistas do mercado. “Não entendo por quê”, comentou Montero. “No ano passado, o contingenciamento foi de R$ 30 bilhões e deu no que deu”. Esta semana, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um estudo no qual sugere um corte de R$ 40 bilhões no Orçamento.
Comento
Pois é… Em boa hora, Dilma decidiu fazer o governo do silêncio, o que tem sido muito elogiado. Em momentos como esse, nada como não dizer nada por não ter o que dizer, não é mesmo?