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Na Cabralândia – Após polêmica sobre viagem, Cabral fala em criar “código de conduta”

Na Folha. Comento em seguida: O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), quebrou hoje o silêncio dos últimos dias e, em entrevista à rádio “CBN”, falou sobre a criação de um “código de conduta público”. Questionado sobre ter viajado para Porto Seguro num jato do empresário Eike Batista para uma festa de outro empresário, Fernando […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h29 - Publicado em 29 jun 2011, 15h46

Na Folha. Comento em seguida:

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), quebrou hoje o silêncio dos últimos dias e, em entrevista à rádio “CBN”, falou sobre a criação de um “código de conduta público”. Questionado sobre ter viajado para Porto Seguro num jato do empresário Eike Batista para uma festa de outro empresário, Fernando Cavendish, afirmou que as amizades nunca influenciaram em suas decisões do governo, mas que está refletindo sobre o ato. “Eu sempre procurei separar minha vida privada da minha vida pública. De fato há uma discussão sobre isso e eu quero também assumir este debate de um código de conduta. Jornalistas também têm esses códigos. Quem sabe não construímos juntos uma solução para isso? Posso garantir que jamais tomei uma decisão pública, envolvendo dinheiro público, baseado em amizades pessoais”, disse.

“A imprensa é o espaço do debate público. Adoro direito comparado, vamos ver o que existe em outros Estados do Brasil, em outras partes do mundo. Sou um homem público e gosto do debate. Vamos construir um código de conduta juntos”, completou. Sobre o roteiro da viagem, Cabral disse que só saiu do Rio na sexta-feira, dia 17, pouco antes do acidente de helicóptero que matou a namorada de seu filho e mais seis pessoas.

“Saímos daqui na sexta-feira. Chegamos lá por volta das 18h30. Mas infelizmente houve esse acontecimento trágico. Não tenho nenhuma razão pra mentir sobre isso. Fui ao colégio dos meus filhos na sexta à tarde, saí daqui às 17h, 17h e pouquinho.” Funcionário da Fazenda Jacumã, condomínio de casas luxuosas a 72 km de Porto Seguro, onde ocorreria uma festa de Cavendish, afirmaram à Folha, porém, que o governador já estava por lá na sexta pela manhã. O governador declarou que a Delta, construtora de Cavendish, não recebe favorecimentos de seu governo.

“O que vem acontecendo é que o volume de obras no Rio subiu muito no meu governo. A Delta tinha 80% do seu faturamento há 11 anos vindo do governo do Rio. Hoje não chega a 25%, ela cresceu por todo o Brasil. A Odebrecht tem muitas obras pelo Rio… A Andrade Gutierrez acaba de anunciar que vai transferir sua sede de São Paulo para o Rio de Janeiro. Muitas empresas, grandes e médias, estão vindo para o Rio de Janeiro. É um absurdo querer vincular qualquer elo de amizade entre eu e o Fernando, que vem desde antes do meu governo, com o crescimento da empresa.”

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Por fim, Cabral classificou de “ilação desrespeitosa” reportagem de hoje, da Folha, que revela que dois meses após receber R$ 200 mil em doação para sua campanha, ele concedeu à Michelin benefício fiscal e acesso a crédito a um fundo estadual no valor de R$ 1 bilhão. “Hoje tem uma matéria sobre a Michelin. Graças a Deus, as quatro fábricas dela estão no Rio. Duas, nós que trouxemos, em Campo Grande e Itatiaia. E ainda conseguimos uma coisa super importante para o turismo do Rio, que foi o Guia Michelin… E querem vincular isso com apoio na campanha. É uma ilação desrespeitosa.”

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Cabral não é mais aquele estudante mais ou menos rebelde, com pai libertário, que faz, de vez em quando, uma bobagem. É governador de estado. Sabe muito bem o que cabe e o que não cabe. Mas faz bem em lembrar a imprensa em seu discurso. No Rio, parece haver uma certa promiscuidade também entre áreas do jornalismo e o governo.

Quanto ao mais, fica demonstrado que Cabral é mesmo o melhor aluno de Lula. Notem que se entende, de seu discurso, que as suas amizades um tanto ruidosas se devem ao fato de ele ser um governador muito ativo, como nunca antes houve na história do Rio.

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