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MR. ZIMMERMAN E A CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL

Bob Dylan iria cantar na China, mas a burocracia comunista disse “não”. O velho militante velho dos direitos civis, o crítico do establishment, o cronista lírico-pop do mal-estar da nossa civilização, o pacifista de várias gerações pôde perceber, enfim, quanta coisa boa o sistema que adoramos detestar do lado de cá nos fornece. E o […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h35 - Publicado em 6 abr 2010, 20h15

Bob Dylan iria cantar na China, mas a burocracia comunista disse “não”. O velho militante velho dos direitos civis, o crítico do establishment, o cronista lírico-pop do mal-estar da nossa civilização, o pacifista de várias gerações pôde perceber, enfim, quanta coisa boa o sistema que adoramos detestar do lado de cá nos fornece. E o maior de todos os bens é, vocês sabem, a liberdade.

Os direitos humanos são uma invenção da civilização judaico-cristã — e os simplórios estudem um pouco antes de virem me falar dos cortadores de cabeça da Revolução Francesa. Os direitos civis são uma invenção da cultura ocidental e se tornaram uma questão inegociável na chamada “democracia burguesa”. Foi o capital, meus queridos, que financiou o humanismo, entendem? Que garantiu aquela bobagenzinha que nos mantém de pé: a igualdade perante a lei.

“Direitos humanos” na China, aquele país que o governo Lula admira tanto? Para quê? Eles são caudatários do homem coletivo. E consideram a crítica desnecessária — como o fazem os irmãos Castro — porque, afinal, o “novo homem” já chegou ao poder.

E um dirigente chinês não teria dificuldade nenhuma em provar que há, sim, “direitos humanos” na China, só que a compreensão, por lá, leva em conta outras variáveis, que nada têm a ver com o “egoísmo” dos ocidentais. Para eles, o regime de força é só um princípio ordenador da sociedade, sem o qual a coisa degeneraria.

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E a tirania se torna, então, uma forma de proteção dos cidadãos.

O Plano Nacional-Socialista dos Direitos Humanos que as esquerdas tentaram nos empurrar goela abaixo nada tem a ver com a nossa tradição de direitos. Ele é parente daquele modelo chinês. Assim como, por lá, a burocracia decide o que é e o que não é um direito humano — e, parece, ouvir Bob Dylan não é —, os nossos “chineses” queriam decidir quem é e quem não é “direito-humanisticamente” correto. E os incorretos deveriam ser punidos pelo uso indevido da sua liberdade. Como se faz na China, onde o camponês livre, o operário livre e o soldado livre não podem ouvir Mr. Zimmerman.

A resposta, lá, não está no vento porque o vento está sujeito aos controladores de ventos.

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