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Marolinha vermelha

Leia um artigo excelente de Marco Antonio Villa na Folha de hoje: A soberba faz mal a política. A eleição não está decidida. A onda vermelha, parece, não passou de uma marolinha. A avidez dos apoiadores, que já estavam dividindo os cargos do futuro governo, foi contida. A comemoração da vitória, antes do apito final […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h06 - Publicado em 29 set 2010, 07h51

Leia um artigo excelente de Marco Antonio Villa na Folha de hoje:

A soberba faz mal a política. A eleição não está decidida. A onda vermelha, parece, não passou de uma marolinha. A avidez dos apoiadores, que já estavam dividindo os cargos do futuro governo, foi contida. A comemoração da vitória, antes do apito final do juiz, pode explicar a violência dos ataques à liberdade de imprensa e à oposição em geral.

É importante para o país uma discussão de programas e propostas. Até o momento, a campanha ficou resumida ao protagonismo de Lula e às graves denúncias envolvendo ministros e aliados do governo. É preciso muito mais que isso.

Os debates entre os presidenciáveis foram inúteis. Viraram monólogos. O enfrentamento democrático entre candidatos acabou se transformando numa repetição enfadonha de promessas, recheadas de números, sem sentido algum.

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Ninguém aguenta mais debates que não são debates, onde as grandes questões nacionais são ignoradas. Até os ataques aos adversários são mal elaborados. O cronômetro, indicando que o tempo para a resposta do candidato está terminando, é o melhor aliado do telespectador. O desinteresse popular é evidente. A ausência de política empobreceu a eleição. A repetição das velhas fórmulas esgotou a paciência do eleitor.

A falsa euforia do corpo a corpo nas ruas, que serve simplesmente para obter imagens para a TV, é a melhor representação de uma campanha pobre de ideias e recheada de marketing vazio. Para a estratégia do governo é essencial despolitizar a eleição. Transforma-la em um plebiscito. As diferenças políticas devem ser diluídas.

Daí que não causa estranheza a aliança oficial combinar o apoio do empresariado, com os beneficiados pelos programas assistencialistas e os dirigentes sindicais amarelos.

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Nesse coquetel infernal deve ser acrescentado o apoio dos oligarcas estaduais. Barbalho, Sarney, Calheiros e Collor servem para obter votos nos burgos podres. Mas é o típico apoio envergonhado: nos grandes centros seriam hostilizados.

Uma campanha sem ideologia sempre foi o desejo do governo. Até este momento conseguiu o seu intento. Caso ocorra um segundo turno, o artifício deverá ter vida curta.

A polarização, com a apresentação de dois projetos para o país, é tudo o que Lula não quer. Os candidatos terão tempos iguais na televisão. E nos debates o confronto será inevitável.

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A oposição vai ter um teste de fogo. Terá de apresentar um programa de governo. Mostrar unidade e combatividade. E realizar algo que tinha esquecido nos últimos tempos: fazer política.

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