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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Lula, o discurso absurdo, a cor do papel higiênico e a “zerda” que eles fazem

Meu pingo final vai para a fala indecorosa de um certo Luiz Inácio Lula da Silva, proferida nesta quarta, na abertura do 5º Congresso do PT, em Brasília. Em vez de atacar a roubalheira na Petrobras, o poderoso chefão do PT preferiu vociferar contra as elites e, ora vejam, a imprensa. Contra as elites? Santo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h29 - Publicado em 11 dez 2014, 07h12

Meu pingo final vai para a fala indecorosa de um certo Luiz Inácio Lula da Silva, proferida nesta quarta, na abertura do 5º Congresso do PT, em Brasília. Em vez de atacar a roubalheira na Petrobras, o poderoso chefão do PT preferiu vociferar contra as elites e, ora vejam, a imprensa. Contra as elites? Santo Deus! Seu partido foi o que mais recebeu doações de banqueiros e grandes empresas, algumas delas com empréstimos bilionários feitos pelo BNDES. Referindo-se aos PSDB, disse: “Parece que os tucanos arrecadam dinheiro como se fosse Criança Esperança. Não tem empresário”. Onde ele leu isso? Quem disse isso? Os petistas têm a mania de atribuir ao jornalismo o que este não diz para que fique mais fácil defender mecanismos de censura.

A necessidade de “reagir” ao que Lula considera ataques da oposição também foi debatida num almoço no Palácio da Alvorada, que reuniu a presidente Dilma, Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil, e Jaques Wagner, governador da Bahia.

Demonstrando que a impostura não tem limites, Lula resolveu estabelecer um paralelo entre o mensalão e o petrolão:
“Agora a bola da vez somos nós. O PT não pode continuar crescendo, tem que ser atacado de todos os lados, em todas as frentes, com artilharia leve e pesada. Vamos fazer guerra eletrônica contra o PT, não importa se é verdade ou mentira. Vamos tentar difamar, destruir esse partido. No processo do mensalão, os companheiros que foram julgados já estavam condenados. Esse processo da Petrobras, o que a gente está vendo é que, quando chegar à Suprema Corte, quando o Teori (Zavascki) for analisar a delação premiada, instrumento criado por nós, a imprensa já vai ter condenado. Todo o vazamento é contra o PT”.

Sabem o que ele está tentando? Encabrestar Zavascki, deixando claro que só aceita um resultado: a rejeição da denúncia contra os petistas. Ontem não era mesmo o seu dia de ser decoroso. Afirmou que os adversários já estão com medo de 2018 — e foi interrompido por grito de “Lula, Lula”, mas disse em seguida que é cedo para isso é que é hora de apoiar Dilma Rousseff. Ah, bom…

Rui Falcão, presidente do PT, com a elegância retórica habitual, também discursou. Afirmou: “Não podemos permitir que os coxinhas ocupem a Avenida Paulista, e a gente não mostre a nossa presença”. No seu linguajar, “coxinhas” são os que protestam contra o escândalo da Petrobras. Não ficou claro se a “presença” de que ele fala é disputando o mesmo espaço, num confronto de rua. Eis ai: num dia, um ministro chama o presidente de um partido de oposição de “playbozinho”; no outro, o presidente do PT diz que o eleitorado de oposição é “coxinha”.

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Houve tempo de Lula contar ainda uma mentira escandalosa:
“Eu perdi 89, e todo mundo sabe como perdi, entretanto, não fiquei na rua protestando, fui me preparar para a outra. (…) Quando a gente perdia, a gente acatava o resultado. Eles acham que a campanha não acabou. A gente não pode ficar nessa disputa com eles. Eles fazem uma passeata um dia, e a gente no outro. Ninguém aguenta. A Dilma precisa governar. Deixa a mulher trabalhar gente, ela ganhou as eleições”.

Santo Deus! O PT fez oposição sistemática aos governos Sarney, Collor, Itamar e FHC. Sem descanso. Sem dar um dia de folga. Ocupando, sim, as ruas e a Esplanada dos Ministérios. Votou contra todas os esforços sensatos e racionais de organizar o país, incluindo o Plano Real, as privatizações e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Este senhor não se conforma, isto sim, é que possa haver oposição no país.

Tentando ser engraçado, Lula afirmou: “Daqui a pouco vão querer saber a cor e a qualidade do papel higiênico que se usa no Palácio”. Duas coisas para encerrar: 1: nós pagamos o papel higiênico e, se for o caso, temos o direito de saber qual está sendo usado; 2: ninguém precisa saber a cor do papel higiênico para reconhecer uma zerda.

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