Pois é… Lula concedeu uma entrevista dizendo-se contrário a qualquer sanção ao Irã porque o país “não cometeu nenhum crime contra a orientação da Organização das Nações Unidas em relação à arma nuclear”. Muito bem! Nas suas reflexões, ele foi um pouco mais longe: “Sou um homem que acredita nas negociações. Ninguém deve ser punido […]
Por Reinaldo Azevedo
Atualizado em 31 jul 2020, 20h22 - Publicado em 25 set 2007, 23h30
Pois é… Lula concedeu uma entrevista dizendo-se contrário a qualquer sanção ao Irã porque o país “não cometeu nenhum crime contra a orientação da Organização das Nações Unidas em relação à arma nuclear”. Muito bem! Nas suas reflexões, ele foi um pouco mais longe: “Sou um homem que acredita nas negociações. Ninguém deve ser punido antecipadamente”. Parece realmente um parecer e tanto, de utilidade universal, não é? No caso em particular, talvez seja o caso de o mundo esperar o Irã ter a bomba para depois agir…
Ainda parecia pouco. Os responsáveis pela política externa treinaram Lula direitinho: “Se ele [o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad] quer enriquecer urânio, tratar a questão nuclear como uma coisa pacífica, como o Brasil faz, é um direito do Irã”. O que faz o Brasil aí? O país se submete aos controles internacionais, o que o Irã só faz parcialmente, e, até onde sei, não prega abertamente a destruição de seu vizinho. Mais ainda: o país não financia o terrorismo em países estrangeiros.
A ONU, é verdade, não é grande coisa. Mas vocês entendem por que o Brasil não tem mesmo o que fazer no Conselho de Segurança? Observo que a alternativa não era Lula defender as sanções, a guerra ou coisa parecida. Bastava que dissesse que o país dos aiatolás têm de aprender a viver em paz com seus vizinhos e a se subordinar aos mecanismos internacionais que regulam a questão nuclear. Não teria dito nada. Mas também não teria falado besteira.
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