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Lava Jato investiga lobby de Oi e Andrade Gutierrez na Anatel

A Lava Jato investiga as circunstâncias que levaram a operadora a montar o equipamento perto do sítio adquirido por Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios do filho de Lula, o Lulinha, na Gamecorp. A Oi se tornou sócia dessa empresa, tendo investido R$ 5,2 milhões em 2005

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 23h29 - Publicado em 22 fev 2016, 03h19

Por Júlio Wiziack e Flávio Ferreira na Folha:

Os torpedos, trocados entre setembro de 2012 e janeiro de 2013, estavam registrados no celular de Otávio Marques de Azevedo, principal executivo da Andrade, que ficou oito meses preso e responde à acusação de crimes como corrupção e lavagem de dinheiro em outros casos envolvendo a empreiteira na Lava Jato. À época, a Andrade Gutierrez era uma das controladoras da Oi.

As mensagens também reforçam a importância do funcionário da Oi José Zunga Alves de Lima, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, segundo as investigações, fez lobby no governo tanto para a operadora, quanto para a empreiteira.

Na terça (17), a Folha revelou que Zunga fez gestão interna na companhia para que a Oi instalasse uma antena de celular para atender o sítio de Atibaia (SP) frequentado por Lula e sua família desde 2011.

A Lava Jato investiga as circunstâncias que levaram a operadora a montar o equipamento perto do sítio adquirido por Fernando Bittar e Jonas Suassuna, sócios do filho de Lula, o Lulinha, na Gamecorp. A Oi se tornou sócia dessa empresa, tendo investido R$ 5,2 milhões em 2005.

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Em outubro de 2012, a Oi ainda não tinha conseguido da Anatel, a agência reguladora do setor, o atestado de cumprimento de todas as condicionantes impostas para a aprovação da compra da Brasil Telecom, negócio que aconteceu no fim de 2008, depois que Lula, então presidente, decidiu mudar a Lei Geral das Telecomunicações.

Para finalizar o negócio, a Oi propunha pagar parte de suas multas que, naquele momento, totalizavam R$ 2,1 bilhões. A empresa ofereceu R$ 50 milhões para quitar toda a dívida, além de outros R$ 50 milhões para que a Anatel cancelasse todos os processos de sanção em curso. Em troca, investiria R$ 1,3 bilhão na operadora pós-fusão.

Mas a conselheira da Anatel Emilia Ribeiro, próxima ao senador José Sarney (PMDB-AP), era contra o acerto.

Nas mensagens, a conselheira é chamada de “Bigoduda” e Sarney, de “Bigode”.

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Em torpedo de 25 de outubro de 2012, o diretor de planejamento da Oi, João de Deus Pinheiro Macedo, avisa Azevedo que tinha recebido uma mensagem do “caipirinha” –seria o presidente da Anatel, João Rezende. Nas mensagens, o então ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, é chamado de “caipirão”.

“Aperte a blitz [contra a conselheira]. O ministro reclamou dela para o Renan [Calheiros]. E ficaram de conversar semana que vem junto com o Sarney. É importante desmobilizar ela (sic)”, diz a mensagem de “caipirinha” para João de Deus, da Oi.

Um dia antes, João de Deus escreveu para Azevedo: “Bigoduda procurou Bigode e (ilegível) sobre recondução. Bigode falou com as 2 mulheres. Alagoas designado para tratar”. A Folha apurou que as conversas mencionadas aconteceram.

Às vésperas de sua saída, Emilia Ribeiro encontrou-se com Sarney, que tentou convencê-la a aceitar a recondução ao cargo. Ribeiro era a “cota” do PMDB na agência.

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Renan Calheiros foi encarregado por Sarney de reconciliar Ribeiro e o ministro Paulo Bernardo. Mas a conversa entre a conselheira e o ministro foi um desastre. Bernardo, em conversa com a presidente Dilma Rousseff, condicionou sua permanência no governo à saída de Ribeiro, o que aconteceu em 5 de novembro de 2012.

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