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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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EXPERIMENTANDO O PRÓPRIO REMÉDIO: Jornalista diz que Daniel Dantas criou site para atacar adversários

Ao provar o seu próprio remédio, Leonardo Attuchi, que comanda o site “247” (sim, vocês pediram que eu não desse publicidade ao dito-cujo, e sei que ele conta com isso…), insiste em citar o meu nome. Por que escrevo “provar seu próprio remédio”? Já explico. Antes, a referência que ele volta a fazer a mim […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h03 - Publicado em 20 abr 2012, 07h53

Ao provar o seu próprio remédio, Leonardo Attuchi, que comanda o site “247” (sim, vocês pediram que eu não desse publicidade ao dito-cujo, e sei que ele conta com isso…), insiste em citar o meu nome. Por que escrevo “provar seu próprio remédio”? Já explico. Antes, a referência que ele volta a fazer a mim ao cantar as glórias de sua própria página: “Aqui, todos podem se expressar livremente, seja nos artigos ou nos comentários. Aqui, também é possível concordar ou discordar, ao mesmo tempo, de nomes como Reinaldo Azevedo, Luís Nassif ou Paulo Henrique Amorim. Afinal, não temos rótulos, não temos preconceitos e não somos nem JEGs nem PIGs. Somos livres. É esse espírito libertário que tem atraído cada vez mais leitores.”

Huuummm…  Não sei o que quer dizer, além do problema de regência, “concordar ou discordar, ao mesmo tempo, de nomes como Reinaldo Azevedo, Luís Nassif…” Quem concorda com Reinaldo Azevedo e Luís Nassif ao mesmo tempo, suponho, não entendeu nem um nem outro. Deve ser só um doido. Adiante. Attuchi, que lotava a minha caixa de e-mail de elogios (e de referências desairosas a alguns desafetos tornados referências positivas), começou a me atacar quando se tornou parceiro de colunismo, em seu site, de patriotas como José Dirceu e Delúbio Soares. De fato, no meu blog, gente assim não entra nem disfarçada de cachorro. Attuchi diz que sua receita, com Delúbio e Dirceu, está dando certo. Parabéns!

Mino Pedrosa
Ele me cita no pé de um texto em que responde ao contra-ataque do jornalista Mino Pedrosa, a quem ele chamou de “assessor de Carlinhos Cachoeira”. O outro respondeu em seu
site num texto intitulado “A pena comprada de Leonardo Attuchi”. Leiam trechos. Volto em seguida:
*
No dia 7 de junho de 2011 o Superior Tribunal de Justiça decidiu anular toda a Operação Satiagraha, que resultou na condenação por corrupção da quadrilha do banqueiro Daniel Dantas, dono o grupo Opportunity, a 10 anos de prisão. O STJ concluiu que foi ilegal a participação de integrantes da Agência Nacional de Inteligência  – Abin, nas investigações.  Um alívio para Daniel Dantas e para o jornalista Leonardo Attuch.

Attuch, repórter da Revista Isto É Dinheiro, da Editora Três, foi flagrado trabalhando em benefício da quadrilha de Dantas e Naji Nahas que saqueava os cofres públicos. O “jornalista” usava a Revista para publicar matérias encomendadas pelo banqueiro, muitas delas redigidas por outras mãos e assumidas por Attuch. O “repórter” era pago pelo Caixa 2 comandado por Humberto Braz (…)

Leonardo Attuch foi flagrado na Operação Satiagraha como assessor de comunicação da organização criminosa. Certa vez, Carlos Rodemburg foi chamado na Editora Três, Revista Isto É Dinheiro, pelo presidente Domingos Alzugaray, para mostrar uma matéria feita por Leonardo Attuch denunciando o banqueiro Daniel Dantas usando o nome de laranjas no contrato do Opportunity com o Citybank. A matéria foi produzida a partir de um dossiê da Telecom Itália, que estava em litígio com a Brasil Telecom.

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Attuch foi chamado pela direção da Editora Três para apresentar a matéria que tinha produzido. A matéria não foi veiculada. Mas Attuch se cacifou perante Daniel Dantas, tornando-se seu homem de confiança na Imprensa. A partir daí foram várias as matérias publicadas na Isto É Dinheiro, “confeccionadas” por Attuch. Daniel Dantas fez uma compra de R$ 15 milhões em livros da Editora Três. E Attuch ficava visivelmente satisfeito com os negócios entre a BR Telecom e a Editora Três.

Humberto Braz, “o mala”, era responsável mensalmente pela felicidade de Attuch. A imprensa , na época da Operação Sathiagaha, denunciou Attuch de receber propinas e presentes de Daniel Dantas, como por exemplo uma confortável casa no bairro classe A, de São Paulo, o Alphaville.

A quadrilha de Daniel Dantas até hoje sustenta o “jornalista”. Montaram um site https://www.brasil247.com, onde Attuch atua sem se identificar, a serviço não só da quadrilha de Dantas, como também cuidando dos interesses de empresários como José Batista Junior, da Friboi, que se filiou ao PSB em Goiás para disputar o governo com Marconi Perillo (PSDB), e empresas como a Odebrech, apadrinhada pelo deputado cassado e personagem central no Mensalão do PT José Dirceu e o Banco BVA.

O site de Attuch ataca os políticos de Goiás preparando o terreno para as eleições de 2014, quando o dono do Frigorífico Friboi sairá candidato ao Governo do Estado. Attuch também abocanha verba na Secretaria de Comunicação do governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz. Parte desses contratos Attuch não pode receber pelo site, porque são propinas pagas através de Caixa 2.
(…)

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Voltei
Pedrosa publica três áudios. Em dois, Attuchi conversa com Naji Nahas; no terceiro, empresta a sua solidariedade pessoal a especulador quando este é preso (
aqui). Attuchi nega tudo, acusa uma guerra de jornalistas (é mesmo, é?), diz que vai processar o outro e que Dantas não está por trás do seu site. Pois é…

Quando VEJA — e foi VEJA!!! — trouxe a primeira reportagem sobre as relações entre o senador Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira, no dia 4 de março, Attuchi houve por bem publicar uma montagem de fotos em que eu aparecia ao lado do senador, como se eu tivesse alguma relação com qualquer atividade de Demóstenes que não fossem os princípios corretos que ele defendia em plenário. Se não os praticava, problema dele, não meu!

Attuchi também sabe que fui, e sou ainda, um crítico severo dos desmandos da Operação Satiagraha e que não estou ligado a porcaria de grupo nenhum! Agora que Mino Pedrosa lhe administra o remédio que ele costuma administrar a terceiros, tira ares de ofendido, não é? A propósito: o “247” é tão libertário a ponto de publicar artigos de Mino Pedrosa, ou a pluralidade só vai até Delúbio Soares e José Dirceu?

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