EUA – Atirador de base militar teria gritado “Allahu Akbar!” antes de agir
Por Sérgio Dávila, na Folha: No momento em que começou a disparar os tiros que mataram 13 pessoas, entre elas um civil, e feriram outras 27 na base militar de Fort Hood, no Texas, o major psiquiatra Nidal Malik Hasan, 39, teria gritado “Allahu Akbar!” -ou “Deus é grande!”, em árabe-, segundo relatos de colegas […]
Por Sérgio Dávila, na Folha:
No momento em que começou a disparar os tiros que mataram 13 pessoas, entre elas um civil, e feriram outras 27 na base militar de Fort Hood, no Texas, o major psiquiatra Nidal Malik Hasan, 39, teria gritado “Allahu Akbar!” -ou “Deus é grande!”, em árabe-, segundo relatos de colegas militares à imprensa local que até a conclusão desta edição não haviam sido confirmados pelas autoridades norte-americanas.
Horas antes dos disparos, ele é mostrado numa câmera de segurança de uma loja local trajando vestes religiosas brancas que lembram as usadas por alguns muçulmanos, segundo vídeo obtido pela emissora CNN.
E, antes de ir à base, na quinta-feira, Hasan pediu a sua vizinha que limpasse seu apartamento no dia seguinte e deu a ela vários objetos, entre eles o Corão, o livro sagrado do islã.
No começo do ano, agentes que monitoram sites extremistas islâmicos identificaram uma pessoa com o nome do major como autor de comentários que defendiam a atuação de atentados por homens-bomba, comparando-os aos pilotos camicases japoneses da Segunda Guerra e ao soldado que se joga sobre uma granada para salvar a vida dos companheiros.
Relatos de parentes do militar, que nasceu em Arlington (Virgínia), e é filho de imigrantes palestinos e frequentava mesquitas, dão conta de que ele reclamava de perseguição de colegas do Exército por ser muçulmano e que estava assustado com a iminência de ser mandado ao front do Afeganistão, o que deveria acontecer logo.
Conforme vão sendo revelados, os componentes religiosos adicionam um ingrediente potencialmente explosivo àquele que é um dos maiores ataques a uma instalação militar dos EUA, segundo o presidente Barack Obama, um acontecimento que o general George Casey, do Exército, que cuida do caso, qualificou de “um chute no estômago”.
“Nós ainda não sabemos o que não sabemos”, resumiu o secretário do Exército obamista, o republicano John McHugh, enviado pelo presidente para acompanhar os desdobramentos. Aqui