ESPECIALISTAS DE MEIA-PATACA
Oh, comovente o esforço da petralhada para justificar o fato de um Rafale estar orçado em US$ 79,365 milhões para a Índia e em US$ 157,828 milhões para o Brasil. Do nada, do puro chute, vão tirando as explicações do embornal de bobagens: haveria diferenças na transferência de tecnologia; os 126 caças da Índia fariam […]
Oh, comovente o esforço da petralhada para justificar o fato de um Rafale estar orçado em US$ 79,365 milhões para a Índia e em US$ 157,828 milhões para o Brasil. Do nada, do puro chute, vão tirando as explicações do embornal de bobagens: haveria diferenças na transferência de tecnologia; os 126 caças da Índia fariam toda a diferença, já que o Brasil quer encomendar 36; é preciso ver se os equipamentos são os mesmos etc. Huuummm. Tudo especulação. De concreto: para nós, o dobro do preço. Que diferença de contrato ou de produto explica o dobro do preço? Vão catar coquinho!
Ah, sim, sim… Eu não entendo nada de aviões, é claro! Não tentem jogar contra mim o que eu disse antes de todo mundo. Mas a Aeronáutica brasileira entende, não é? E foi ela que fez a avaliação de três caças: Rafale, F-18 e Gripen NG. E, para a FAB, a ordem de preferência é esta:
– Gripen NG;
– F-18;
– Rafale.
Digamos que o governo pudesse, vá lá, com esse relatório em mãos, alegar outras prioridades — seria preciso dizer quais — e escolher o Rafale. Mas não foi isso o que aconteceu. Antes do parecer técnico e dispensando-se de dar quaisquer explicações — além de um difuso e suposto interesse nacional —, decidiu comprar o pacote da França.
ISSO, POR SI MESMO, JÁ É ESCANDALOSO. E há, ademais, a questão do preço.
O DOBRO? POR QUE O DOBRO?