Assine VEJA por R$2,00/semana
Reinaldo Azevedo Por Blog Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Entrevista do presidente da TAM traduzida para o “logiquês”

Os blogs e sites de nariz marrom estão fazendo grande alarde — quer dizer: nem tão grande porque lhes faltam leitores — da entrevista coletiva dada pelo presidente da TAM, o sr. Marco Antonio Bologna. Traduzo em “logiquês” e “juridiquês” o que ele disse: 1 – A aeronave estava em perfeitas condições. Tradução: Claro que […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 22h18 - Publicado em 18 jul 2007, 18h22
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Os blogs e sites de nariz marrom estão fazendo grande alarde — quer dizer: nem tão grande porque lhes faltam leitores — da entrevista coletiva dada pelo presidente da TAM, o sr. Marco Antonio Bologna. Traduzo em “logiquês” e “juridiquês” o que ele disse:

    1 – A aeronave estava em perfeitas condições.
    Tradução: Claro que sim. Supor um problema naquele avião em particular seria lançar uma suspeita sobre toda a frota.

    2 – A equipe técnica (piloto e todo pessoal de bordo) era de altíssima competência e bastante treinado.
    Tradução: Claro que sim. Lançar dúvidas sobre a expertise daquele piloto corresponderia a fazer o mesmo com todos os pilotos.

    3 – A pista está perfeita; as ranhuras não faziam falta.
    Tradução: Há estudos para limitar drasticamente os vôos em Congonhas justamente por causa da pouca segurança do aeroporto. As empresas não querem nem ouvir falar nisso.
    ATENÇÃO: para a pista contar com toda a segurança possível, teria de ficar fechada até setembro. O custo para as empresas aéreas seria gigantesco

    Então vamos ver o corolário da entrevista de Bologna:
    A – avião: perfeito;
    B – equipe: perfeita;
    C – pista: adequada.

    Continua após a publicidade

    Logo, por que aconteceu a tragédia? É inescapável: embora todos fossem muito competentes, dado o quadro, só pode ter sido uma falha humana, coisa a que todos estamos sujeitos. A empresa não deixa de assumir a sua parcela de responsabilidade — o seguro paga tudo —, mas também se põe como vítima das circunstâncias.

    Publicidade

    Engana-se quem acha que a TAM tem interesse em passar o abacaxi para o governo. Não tem. Isso obrigaria a tomada de uma medida drástica em Congonhas, e isso as empresas aéreas não querem. Aliás, nem o governo. Até porque há carência de aeroportos em São Paulo.

    Os petralhas vagabundos estão excitadíssimos: “Tá vendo? O presidente da TAM falou”. E desde quando presidente de companhia aérea é o melhor analista de acidente aéreo acontecido com a sua própria empresa? DADO QUE ELE NÃO PODE MUDAR O PASSADO, UM PRESIDENTE DE EMPRESA TEM DE PENSAR NO FUTURO DO NEGÓCIO. É O QUE ELE ESTÁ FAZENDO.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.