Empresa que faz o Rafale reage e tenta explicar diferença de preço. Ou: “Um blo-gui-nho in-co-mo-da mui-ta gen-te…”
É… A Dassault, que fabrica o Rafale, reagiu ontem ao que chamou de “ataque das concorrentes” etc e tal e acabou respondendo, vejam que coisa, a uma continha de dividir feita por este bloguinho. “Ataque das concorrentes”??? Juro que não conversei com os fabrincantes do Gripen ou do F-18… Eu lá entendo de avião!!! Eu tenho […]
É…
A Dassault, que fabrica o Rafale, reagiu ontem ao que chamou de “ataque das concorrentes” etc e tal e acabou respondendo, vejam que coisa, a uma continha de dividir feita por este bloguinho. “Ataque das concorrentes”??? Juro que não conversei com os fabrincantes do Gripen ou do F-18… Eu lá entendo de avião!!! Eu tenho é uma calculadora. Leiam um trecho de reportagem do Estadão. Volto em seguida:
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Ontem, a Dassault contestou as versões de que estaria fora da concorrência aberta pela Força Aérea Indiana (IAF) e de que sua oferta de preço para a Índia seria quase a metade da apresentada ao Brasil. A empresa alegou que não há definição oficial do valor total da concorrência — extra-oficialmente, avalia-se que chegará a US$ 10 bilhões. O Ministério da Defesa confirmou ontem que o valor dependerá da escolha a ser tomada e que não foi definido um teto.
Depois, a Dassault reconheceu que, em abril de 2009, foi excluída da concorrência da IAF. Mas, em maio, pôde voltar à disputa, que ainda está em fase de avaliação técnica. O governo indiano observa o processo de decisão brasileiro.
Por fim, a Dassault explicou que, em cada contrato de venda, a dimensão do estoque de peças de reposição e o período do apoio logístico variam, conforme os requisitos do comprador, e alteram o cálculo do preço final. De acordo com essa argumentação, comparações ligeiras não seriam confiáveis.
Comento
Como se nota, era verdadeira a informação de que tinha, sim, sido excluída da concorrência pela Força Aérea Indiana. Voltou depois. Quanto ao dinheiro, nota-se que a Dassault foi menos enfática do que alguns bobalhões que decidiram me contestar — classifico de “bobalhões” os agressivos tolos, não os que expuseram divergências educadas.
A Dassault diga o que quiser, o fato é que a Índia anunciou que seu pacote para caças era de US$ 10 bilhões — para 126 unidades. Assim como o do Brasil é de R$ 10 bilhões (DE REAIS, HEIN!) para 36.
E isso torna inevitável a constatação de que, para o Brasil, um Rafale sai quase pelo dobro do preço. A empresa fala das muitas variáveis que entram no preço final, como “a dimensão do estoque de peças de reposição e o período do apoio logístico”. Apesar de ser, assim, uma coisa quase etérea, compreendo.
Mas o dobro?
Bem, leitores, já que a decisão está tomada, quem sabe a gente contribua, ao menos, para baixar o preço de cada unidade, não é mesmo?
Mas que bloguinho enxerido, hein?