Não, senhores! Jabor escreveu e queria que entendêssemos que, da Caixa de Pandora, provieram todos os males — e só a esperança ficou presa ao fundo. E que com Sarah, uma mulher, dotada de uma “caixa” — o que, parece, para Jabor, a inviabiliza para o cargo —, o mesmo pode acontecer.
Ele certamente não gosta dela porque é republicana, “reacionária”, “evangélica”, “criacionista”, sei lá eu… É? Então Jabor pode, em nome dos seus (dele) princípios, fazer com aqueles a quem odeia coisas que estes não fariam com ele, Jabor, em nome dos princípios deles? Quem é, pois, o intolerante?
O procedimento é asqueroso, preconceituoso e velho. Os moços já não têm mais esse medo que Jabor tem da “Boceta de Pandora”. As relações, hoje em dia, entre os sexos, têm outra dinâmica, não é mesmo? A psicanálise aborda o chamado “medo da vagina” — há homens que têm a terrível fantasia de que as mulheres podem mutilá-los; vale dizer: “lá” estaria guardado o Mal. No caso de Jabor, tarde demais para a cura.
Jabor deve desculpas a todas as mulheres pela grosseria e pela vulgaridade.