Educação sai perdendo com suspensão de reestruturação das escolas
Para quase não variar, imprensa se alinha com a extrema esquerda mais atrasada, que faz a educação brasileira ser uma tragédia contra os pobres
Já escrevi aqui e já afirmei no programa “Os Pingos nos Is”, que ancoro na rádio Jovem Pan, que considero que o programa de reestruturação de uma parcela mínima das escolas do Estado de São Paulo pecou gravemente num particular: o diálogo da Secretaria de Educação com a sociedade. Eu detesto palavras vazias como “diálogo” e “sociedade”. Fica parecendo coisa desse petismo mixuruca da imprensa.
O que é “diálogo” no caso? A divulgação clara e inequívoca das razões da mudança. A exposição dos motivos, o custo, a destinação certa de cada prédio, a evidência de que não se vão fechar escolas coisa nenhuma. E o que é “sociedade”? Não são as corporações de ofício, obviamente, mas o conjunto dos paulistas, que têm de ser informados a respeito.
A Secretaria de Educação tentou fazer as coisas certas de modo atrapalhado. As esquerdas, claro!, estavam como aqueles crocodilos que ficam à espera da passagem dos gnus no rio que corta o parque Masai Mara, no Quênia: prontas para dar o bote.
Armaram tudo direitinho, segundo as conhecidas táticas das esquerdas sabotadoras:
– inventaram uma tese: o governo vai fechar escolas;
– a imprensa compra a tese: haverá fechamento de escolas;
– meia dúzia de gastos-pingados invade estabelecimentos e para o trânsito;
– a mesma imprensa chama agitadores profissionais de “estudantes” — já chego lá.
Muito bem! Nesta sexta, o governador suspendeu a medida, o que acarretou a demissão do secretário de Educação, Herman Voorwald.
É claro que a reestruturação era correta, o que iria permitir a otimização dos recursos e o uso de prédios quase ociosos em benefício dos estudantes. Mas sabem como é… Esquerdistas acham essa conversa de “gestão” reacionária. Mas isso ainda é o de menos.
O fato é que o PT e seus satélites estão em busca de uma causa em São Paulo faz tempo. Serve qualquer uma. Ora, se elas podem sair gritando por aí que “governo tucano quer fechar escolas”, por que não? Especialmente quando, ao desobstruir vias, a imprensa trata a polícia como bandida. É uma vergonha o que se deu. Isso evidencia como a sociedade ainda está sujeita à imposição das vontades dessa minoria vigarista.
Dada a forma atrapalhada como as coisas foram feitas e o oportunismo das esquerdas, lideradas pelo PT, quem sai perdendo com a decisão, ainda que temporária? A educação e a população de São Paulo.
Sem contar que, por algum tempo, esses delinquentes tentarão emparedar a secretaria, buscando impedi-la de fazer qualquer reformulação.
Ao dar apoio ao movimento — e deu —, a imprensa, com raras exceções, premia as correntes que lutam cotidianamente para que a educação seja talvez a área mais ineficiente do serviço público.
Não, meus caros! O Brasil não gasta pouco com a área. Gasta mal. Mas a escola brasileira seguirá por muito tempo refém desses vigaristas, oportunistas e corporativistas, amargando os últimos lugares nos exames internacionais de proficiência.
As esquerdas querem destruir o que existe em nome de seus amanhãs sorridentes. Não constroem o amanhã e inviabilizam o presente.
Pior para os pobres.
Daqui a pouco, alguns destaques de “estudantes” que contribuíram para esse desfecho.