Editor de livros decide, no “Valor”, decretar a morte de um grupo de jornalistas, no qual me inclui. É claro que vou responder
Flávio Moura é “editor de livros” da Companhia das Letras.. Resolveu citar o meu nome num texto publicado hoje do Valor Econômico em que decreta o fim de uma “era” no jornalismo. O pretexto é falar sobre o trabalho de Daniel Piza. Ele precisava de um gancho e resolveu lembrar a herança no jornalista, que […]
Flávio Moura é “editor de livros” da Companhia das Letras.. Resolveu citar o meu nome num texto publicado hoje do Valor Econômico em que decreta o fim de uma “era” no jornalismo. O pretexto é falar sobre o trabalho de Daniel Piza. Ele precisava de um gancho e resolveu lembrar a herança no jornalista, que morreu há um ano, um mês e 10 dias… Eu integraria um grupo de jornalistas que foram derrotados por uma era — o lulo-petismo. Ele, claro!, que não é da turma, seria, então, o vitorioso. O Flávio está dizendo — num jornal que tem como sócios os grupos Folhas e Globo e que é, sem dúvida, o mais petista do Brasil — que a esquerda ganhou e que nós, os jornalistas ou colunistas liberais (“de direita”, se diz nos botecos) perdemos. Além deste escriba, estariam entre os perdedores Diogo Mainardi, Mário Sabino, Luiz Felipe Pondé e João Pereira Coutinho, estes dois últimos articulistas da Folha. Bom mesmo, deixa claro, era Daniel Piza. O Flávio Moura segue a máxima de que direitista bom é direitista morto.
Flávio faz questão de informar a sua idade: 34 ou 35 anos (tinha 22 no ano 2000, conta). Entendo. Juventude (não que ele seja tão jovem assim…) tem cura; a estupidez, não sei. Os demais citados talvez o ignorem porque não dão esmolas — talvez o Pondé, católico como sou. Mas eu respondo, sim. Daqui a pouco.
Leia o texto “Ah, entendi: o Moura é editor da Companhia das Letras, não do Valor; o que muda e o que não muda”