Dirceu, o “chefe de quadrilha”, segundo PGR, participa de seminário Brasil-China e exibe seu lado vivandeira
Ai, ai… Sabem quem a Câmara de Comércio Brasil-China convidou para um seminário? O consultor de empresas privadas e, segundo a Procuradoria Geral da República, corrupto e chefe de quadrilha José Dirceu. Era um encontro para debater petróleo. Sei. O Zé sabe tudo sobre o assunto. O que ele não sabe, José Sérgio Gabrielli, presidente […]
Ai, ai…
Sabem quem a Câmara de Comércio Brasil-China convidou para um seminário? O consultor de empresas privadas e, segundo a Procuradoria Geral da República, corrupto e chefe de quadrilha José Dirceu. Era um encontro para debater petróleo. Sei. O Zé sabe tudo sobre o assunto. O que ele não sabe, José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, explica pra ele no escurinho do hotel.
O homem rasgou elogios à China — segundo ele, o grande “fator de moderação no mundo”. Compreendo. É claro que, ao pensar num regime à moda chinesa, o cara logo se imagina como um dos chefões do partido, né?, comandando a tirania. Pois é. Mas também poderia ser candidato a uma bala de prata. Vocês sabem como são as ditaduras…
O Zé também decidiu expor seu lado vivandeira e fez uma defesa veemente de mais investimentos nas Forças Armadas. Quer o Brasil fabricando mísseis de defesa. Leiam trecho de reportagem de Sérgio Torres, no Estadão:
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O ex-ministro José Dirceu cobrou ontem do governo da presidente Dilma Rousseff mais investimento nas Forças Armadas. Ele defendeu a modernização do Exército e da Marinha. Disse ainda que o Brasil precisa fabricar “mísseis de defesa” e voltar a produzir caças de guerra para a frota da Aeronáutica.
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“A indústria de defesa nacional está sendo recriada. Temos de ter uma defesa própria regional do Atlântico Sul. Temos de proteger nossa riqueza do pré-sal com uma Marinha em águas azuis. Temos de ter Força Aérea produzindo caças no Brasil. Tem tecnologia para produzir não só aviões, como mísseis de defesa”, discursou o ex-ministro, para cerca de 200 conferencistas, do quais 80% estrangeiros. O presidente da Câmara, Charles Tang, o apresentou como uma espécie “de primeiro ministro” do governo que estruturou o processo de desenvolvimento brasileiro.
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“Nós não temos nenhum problema fronteiriço, nenhum litígio político com nenhum país da América do Sul. Somos como a China, uma força em desenvolvimento”, afirmou. “A China é o principal fator de moderação de paz no mundo de hoje.” Aqui