Dilma segue mais um conselho meu e anuncia que Mantega não fica no governo se ela for reeleita. Vou parar de dar dicas!
Assim não dá! Vou parar de dar conselhos à presidente Dilma Rousseff. Ela começou a segui-los. E eu prefiro que ela ouça Franklin Martins… Não sei se fui muito sutil… Na terça-feira, sugeri aqui que ela anunciasse que Guido Mantega estaria fora de um eventual segundo governo seu. Mais: defendi que ela anunciasse desde já o nome […]
Assim não dá! Vou parar de dar conselhos à presidente Dilma Rousseff. Ela começou a segui-los. E eu prefiro que ela ouça Franklin Martins… Não sei se fui muito sutil… Na terça-feira, sugeri aqui que ela anunciasse que Guido Mantega estaria fora de um eventual segundo governo seu. Mais: defendi que ela anunciasse desde já o nome do seu futuro ministro da Fazenda caso se reeleja. Leiam trecho.
Muito bem! Nesta quinta, em Fortaleza, durante uma entrevista, a presidente foi questionada sobre o nome para a Fazenda. E ela responde: “Eleição nova, governo novo, equipe nova”. OK. Só que a presidente, nesse caso, seria a mesma, né?
Pô, assim não vale! Eu observo que há características na candidatura de Marina Silva que lembram Jânio Quadros e Fernando Collor. Vai parar no horário do PT. Defendo que Dilma anuncie desde já a demissão de Mantega — e ela anuncia a demissão de Mantega. Desse jeito, Franklin Martins, pago para ter ideias naquele site chamado “Muda Mais”, vai perder o emprego. E eu ainda saio a custo zero para o PT, não é mesmo?
Dilma sabe que perdeu a confiança de parte importante do mercado e do empresariado. O próprio Lula já havia defendido a substituição de Mantega, mas ela resistiu. Agora, transforma-o numa espécie de bode expiatório. Reitero, no entanto, algo que já escrevi aqui: até parece que é o ministro da Fazenda quem dá as cartas. Não é! A verdadeira ministra da Fazenda é… Dilma.
E por que parte do empresariado comemorou a fala da petista? Porque imagina que ninguém suportará o papel subalterno de Mantega e que um outro nome qualquer poderia ter um pouco mais de autonomia técnica.
A presidente foi convidada a seguir a minha sugestão e dizer o nome do ministro caso eleita. Ela se negou porque disse que não dá sorte.
Sorte? Se fosse alguém que soubesse fazer conta, já seria um grande avanço.
Texto publicado originalmente às 4h34