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Dilma faz proselitismo contra o governo com dinheiro público

MTST tem de ser descredenciado do “Minha Casa Minha Vida Entidades” por usar o programa com objetivos partidários

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h19 - Publicado em 8 jul 2016, 22h09
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    Ai, ai… Dilma Rousseff está passando por um processo de infantilização política. A cada dia, a sua retórica fica mais primitiva. Querem ver?

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    Ela participou de um evento promovido pelo MTST para marcar a entrega de unidades do Minha Casa Minha Vida em Taboão da Serra, na Grande São Paulo.

    As casas foram construídas dentro da tal modalidade “entidades”, em que o Estado repassa o dinheiro para um grupo militante, e este se encarrega de contratar a obra. Sim, o nome disso é privatização de dinheiro público. Ou por outra: quem pertence ao MTST fura a fila da casa própria. Ou por outra ainda: um movimento que é esbirro do PT se apropria de uma política pública.

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    A prova de que isso é verdade é que a convidada de honra do evento era, ora vejam!, Dilma Rousseff. Que, no momento, não está presidindo o Brasil. E que não voltará a fazê-lo. Se é uma política do Estado brasileiro, o convidado para a cerimônia tem de ser o presidente em exercício, ora bolas!

    É assim que as coisas são numa República.

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    Acontece que Dilma, o MTST e as esquerdas no geral não reconhecem a Constituição e as leis.

    No discurso que fez, Dilma desenvolveu uma tese notável: as mulheres seriam imunes à renúncia, à diferença dos homens. Afirmou: “Mulher não renuncia porque mulher não cede na luta”.

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    Ah, bom! Homem é tudo zé-mané. Ao menor sinal de problema, já vai caindo fora.

    É evidente que ela estava se referindo ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Falando sobre si mesma, mandou ver: “Pediram, insinuaram, até pressionaram, para eu renunciar. Jamais faria isso! Sabe por quê? Porque o povo me deu 54 milhões de votos.”

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    Eu, por exemplo, não insinuei, não pedi nem pressionei. Eu recomendei. Só insinua quem não tem coragem de falar com clareza — e eu tenho porque ela não é minha “chefa”. Só pede quem também vai se beneficiar do ato — um aliado. E só pressiona quem se sente acima da pessoa que tem de agir. Lógica elementar: setores do próprio PT pediram para ela cair fora.

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    Ainda aludindo a Cunha, veio com a cascata de sempre. Disse não ter roubado dinheiro público nem ter conta na Suíça. Mais uma vez, arrotava a sua honestidade, como se a denúncia contra ela tivesse algo a ver com isso. Não! Ela está fora porque atentou contra a lei fiscal.

    Contando uma mentira deslavada, Dilma afirmou que Temer está desmontando os programas sociais. O reajuste que ele aplicou ao Bolsa Família foi superior ao proposto por ela.

    Guilherme Boulos, chefão do MTST e burguês do capital alheio, acusou Cunha de ter tramado nas sombras a queda de Dilma.  E pronto! Fez-se mais uma patuscada política usando dinheiro público.

    Imaginem a moralidade de alguém que usa um programa social para promover uma causa partidária e para propor uma mobilização contra o governo constitucionalmente estabelecido, em plena vigência do Estado de Direito.

    Eis mais uma razão para que nos deixem em paz. E está dado o motivo para descredenciar o MTST da modalidade “Minha Casa Minha Vida Entidades”. O dinheiro está servindo a um partido político, não à população.

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