A presidente Dilma Rousseff se reuniu hoje à tarde com mais de trinta juristas para discutir a defesa do processo de impeachment. O encontro foi articulado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e pelo advogado do PT, Flávio Caetano. De acordo com a assessoria de imprensa do Planalto, o grupo de juristas reúne “estudiosos da Constituição brasileira de 1988, professores universitários, acadêmicos, advogados e pensadores do Direito no Brasil”. Na semana passada, o mesmo grupo lançou um manifesto no qual sustentava não haver “qualquer fundamento jurídico” para o afastamento da presidente. Ao sair da reunião, Cardozo conversou com jornalistas e criticou os defensores do impeachment. Segundo ele, é um “erro grosseiro” acreditar que a saída de Dilma vai “pacificar o país e resolver a crise”.

Após a reunião, a presidente Dilma Rousseff falou à imprensa e disse que o recesso do Congresso deveria ser parcialmente suspenso para julgar de uma vez o pedido de impeachment e outros “assuntos pendentes”, como o pacote de ajuste fiscal. Segundo a proposta de Dilma, os congressistas sairiam de “férias” no dia 23 de dezembro, como já era esperado, mas retornariam antes do previsto, na semana do dia 4 de janeiro. A presidente afirmou que não há uma decisão sobre o assunto, mas que vai conversar com o presidente do Senado, Renan Calheiros, ainda esta semana.

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